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Japão pediu para Brasil investigar suposto passaporte de Kim Jong-un

Publicação diz que passaporte em nome de Josef Pwag foi colocado em lista suspeita para passar por uma averiguação de autenticidade

Internacional|ANSA Brasil


Kim Jong-un usou passaporte falso
Kim Jong-un usou passaporte falso

Uma série de documentos revelou que a Polícia Nacional do Japão recorreu ao governo brasileiro em 1998 para pedir uma investigação contra passaportes do Brasil falsos usados por nove norte-coreanos, inclusive o atribuído ao ditador Kim Jong-un.

A informação foi revelada nesta quinta-feira (17) pela rede BBC, que teve acesso aos ofícios por meio da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com a publicação, o passaporte em nome de Josef Pwag, identidade que, supostamente, teria sido usada por Kim, para viajar e pedir vistos, foi colocado em uma lista suspeita para passar por uma averiguação de autenticidade.

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Os norte-coreanos teriam tentado entrar no Japão entre 1990 e 1993. Somente cinco anos depois, 1998, a Embaixada do Japão no Brasil formalizou o pedido de investigação junto ao Ministério das Relações Exteriores.


Ainda segundo a BBC, em agosto de 2000, a PF (Polícia Federal) autorizou que os passaportes deveriam ser recolhidos e cancelados. O ofício afirma que "até hoje não se obteve uma resposta conclusiva sobre a legalidade da sua expedição, tudo levando a crer que os portadores não preenchiam os requisitos para obtenção".

No documento, ainda é revelado que, na ocasião, a PF também pediu autorização para obter informações sobre os norte-coreanos, além de apresentar uma lista de perguntas usadas para a investigação. No entanto, não há dados se o inquérito avançou.


No último dia 11 de abril, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que o líder norte-coreano e seu pai, Kim Jong-il, tiveram os documentos emitidos pela Polícia Federal PF. Com validade de 10 anos cada um, ambos os passaportes possuem um carimbo da Embaixada do Brasil em Praga, na República Tcheca, e teriam sido emitidos nos anos 1990. A informação foi publicada pela agência "Reuters", que citou "cinco fontes de segurança europeias".

Segundo o Itamaraty, na época, para conseguir um novo documento não precisava apresentar um documento de identidade. A PF, por sua vez, afirmou que "por se tratarem de documentos antigos, está apurando as circunstâncias de emissão dos passaportes em questão e de resultados de eventuais investigações pretéritas que levaram ao cancelamento de documentos de viagem". No entanto, não deu mais detalhes sobre o desfecho da investigação aberta nos anos 1990 a pedido dos japoneses, nem se os supostos norte-coreanos foram localizados e interrogados. Já a embaixada do Japão no Brasil não comentou o caso, segundo a reportagem.

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