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Mercenários russos são acusados de tentar recrutar sérvios para guerra na Ucrânia

Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, aliado histórico da Rússia, questionou convocação de homens do país para conflito

Internacional|Do R7


Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, em evento oficial
Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, em evento oficial

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, denunciou na última segunda-feira (16) a publicação de anúncios do grupo paramilitar russo Wagner para recrutar cidadãos sérvios para a guerra na Ucrânia.

"Por que fazem isso na Sérvia?", preguntou o chefe de Estado do país balcânico durante entrevista televisionada, citado pela agência local Beta.

"Por que [...] fazem chamados quando isso vai contra as regras?", acrescentou.

No início do mês, o braço em idioma sérvio do RT, um veículo de informação pró-Kremlin, publicou anúncios para tentar recrutar sérvios no grupo de mercenários Wagner.

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O grupo paramilitar foi criado em 2014 por um empresário próximo do Kremlin e desempenha um papel chave na Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro.

Alguns combatentes sérvios se uniram às forças pró-Rússia na Ucrânia desde a anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014. No entanto, o número exato de sérvios em solo ucraniano nunca foi revelado pelas autoridades.

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A Sérvia não costuma criticar a Rússia, um país aliado. Os dois Estados, de maioria eslava e ortodoxa, mantêm há séculos fortes laços culturais e históricos. Os dois países também compartilham litígios – presentes e passados – com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliada da Ucrânia.

Em março de 1999, a organização bombardeou a então República Federativa da Iugoslávia – formada pela Sérvia atual e Montenegro – durante a guerra do Kosovo, uma ex-província sérvia de maioria albanesa.

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Os ataques provocaram a retirada dos sérvios desse território, que passou a ser administrado pela ONU. Depois, Kosovo declarou unilateralmente independência da Sérvia em 2008.

Ao lado de Belarus, a Sérvia também é o único país europeu que rejeitou aderir às sanções ocidentais contra Moscou, mas condenou a invasão russa da Ucrânia.

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A agência de notícias russa RIA Novosti publicou imagens nesta terça-feira (17) que supostamente mostram dois cidadãos sérvios participando de treinamentos na Ucrânia.

A presença do grupo Wagner também foi documentada na Síria, na Líbia e em países como República Centro-Africana e Mali, onde os mercenários foram acusados de cometer abusos contra a população civil.

Desde o início da guerra, dezenas de milhares de russos chegaram à Sérvia, um dos poucos países que não fecharam o espaço aéreo para a Rússia.

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