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Sudão: Repressão a acampamento de opositores deixa 30 mortos

Segundo Comitê Central de Médicos, que presta assistência às vítimas, outras 100 pessoas ficaram feridas. Forças de Apoio Rápido jogaram corpos em rio

Internacional|Da EFE

Ataque a acampamento deixou 30 mortos e 100 feridos
Ataque a acampamento deixou 30 mortos e 100 feridos Ataque a acampamento deixou 30 mortos e 100 feridos

A ação de militares do Sudão para desalojar manifestantes de um acampamento montado desde abril em frente à sede do Exército na capital do país, Cartum, em protesto contra o governo transitório, deixou nesta segunda-feira (3) pelo menos 30 mortos e 100 feridos, segundo o Comitê Central de Médicos, sindicato que vem prestando assistência aos opositores.

"Aumenta o número de mártires do massacre do comando geral (do Exército) cometido pela junta militar hoje para mais de 30 pessoas, com a dificuldade de contabilizar o número oficial dos mártires porque as forças de Apoio Rápido e a Polícia cercam os hospitais", afirmou a entidade em comunicado no Facebook.

O Comitê de Médicos também informou que as forças de Apoio Rápido jogou muitos corpos no rio Nilo, que fica a 500 metros do local do acampamento.

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"Muitos mártires que estavam na praça (do acampamento) foram levados pela força de Apoio Rápido e jogados no Nilo, segundo depoimentos de médicos e feridos", disse o sindicato.

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Além disso, a organização denunciou que vários médicos foram agredidos e detidos, o que está dificultando o atendimento aos feridos.

O Partido do Congresso, também opositor, documentou 24 mortes, entre elas a de um menino, e informou em comunicado a identidade de várias vítimas.

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Segundo a nota, divulgada nas redes sociais, o número de mortos pode aumentar, porque muitos corpos continuam no acampamento, que está cercado pelos militares. Além disso, segundo o partido, 446 feridos foram internados.

Na manhã de hoje, militares entraram a tiros no acampamento dos opositores, montado desde 6 de abril, coincidindo com o último dia do mês sagrado do Ramadã e cinco dias antes da derrocada do presidente Omar al Bashir. A mobilização continuou para pressionar os militares a entregarem o poder aos civis.

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Já a junta militar que governa o Sudão afirmou que os militares enfrentaram um grupo de criminosos que se infiltrou no acampamento, gerando uma situação de caos.

As Forças da Liberdade e da Mudança, plataforma que reúne políticos da oposição, reagiu ao despejo violento com a suspensão das conversas com a junta militar.

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