Zelenski classifica ataques russos a centrais de energia como 'crime contra a humanidade'
Presidente da Ucrânia exigiu uma reunião emergencial com os países que formam o Conselho de Segurança da ONU
Internacional|Do R7
![Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante coletiva de imprensa](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/Y2SFA7LVK5PL7H6CYZOWBJEMW4.jpg?auth=dd043ab4da602520974b6672c9ce9858f31179c6d50f101c56e44dbfafd6c0c0&width=1024&height=724)
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse nesta quarta-feira (23) ao Conselho de Segurança da ONU que os ataques aéreos russos contra a rede elétrica ucraniana são um "notório crime contra a humanidade".
"Quando temos temperaturas abaixo de zero e dezenas de milhões de pessoas sem abastecimento de energia, sem calefação, sem água, isto é um notório crime contra a humanidade", disse por vídeo ao Conselho, reunido em uma reunião de emergência em Nova York.
Nove meses depois da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, o presidente Zelenski denunciou a "fórmula de terror" imposta pelas forças armadas de Moscou.
Diante de um Conselho de Segurança impotente, Zelenski afirmou que a comunidade internacional não podia "ser refém de um (Estado) terrorista internacional", referindo-se ao poder de veto da Rússia, que bloqueia qualquer resolução contra a ofensiva russa na Ucrânia.
"A morte de civis, a destruição de infraestruturas civis, são ações terroristas. A Ucrânia continua exigindo uma resposta determinada da comunidade internacional para estes crimes", escreveu mais cedo no Twitter o presidente ucraniano, reivindicando uma reunião de emergência com os 15 membros do Conselho de Segurança.
Os ataques russos a infraestruturas ucranianas provocaram interrupções maciças de eletricidade e água, especialmente na capital, Kiev, causando ao menos seis mortes, o desligamento de três usinas nucleares e afetaram até a vizinha Moldávia.
Segundo as forças aéreas ucranianas, a Rússia lançou cerca de 70 mísseis de cruzeiro contra o país, dos quais 51 foram derrubados, assim como cinco drones camicazes. Os alvos eram infraestruturas estratégicas, enquanto as temperaturas baixas do inverno chegam à Ucrânia.
Localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelo Exército russo, a usina de Zaporizhzhia vive sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, entre bombardeios, cortes de energia e a pressão sofrida por seus funcionários ucranianos
Localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelo Exército russo, a usina de Zaporizhzhia vive sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, entre bombardeios, cortes de energia e a pressão sofrida por seus funcionários ucranianos