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Rússia x Ucrânia

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Rússia tem significativa escassez de mísseis de artilharia, dizem EUA

Secretário de Defesa, Lloyd Austin, acredita que Moscou não tem como sustentar bombardeios por muito mais tempo

Internacional|

Míssil fotografado na beira de uma estrada de Kherson, na Ucrânia
Míssil fotografado na beira de uma estrada de Kherson, na Ucrânia Míssil fotografado na beira de uma estrada de Kherson, na Ucrânia

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta quarta-feira (23) que a Rússia está sofrendo uma "escassez significativa" de munição de artilharia, o que pode limitar as operações na Ucrânia no futuro.

"Os russos tiveram problemas logísticos desde o início" da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e "ainda estão brigando com a logística", disse Austin a repórteres a bordo de um avião militar.

Segundo o chefe do Pentágono, a Rússia "sofre uma escassez significativa de mísseis de artilharia", sobretudo porque Kiev destruiu vários depósitos de munição russos.

Moscou usou a artilharia pesadamente desde o início da guerra, disparando vários mísseis contra as forças ucranianas antes de qualquer movimento no terreno.

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"Para esse tipo de operação, você precisa de muita munição. Não tenho certeza de que terão [munição] suficiente para se permitir esse tipo de coisa no futuro", acrescentou.

Austin insistiu em que os estoques de mísseis de precisão da Rússia "se esgotaram significativamente" durante os nove meses de conflito e observou que Moscou não teria condições de substituí-los rapidamente, devido às sanções comerciais impostas à Rússia por potências ocidentais.

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Localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelo Exército russo, a usina de Zaporizhzhia vive sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, entre bombardeios, cortes de energia e a pressão sofrida por seus funcionários ucranianos
O caso ocorreu em Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que enviou especialistas à usina, relatou "pelo menos 12 disparos" neste fim de semana. "Quem quer que esteja por trás disso deve parar imediatamente", exigiu o diretor da AIEA, Rafael Grossi. "São [ataques] absolutamente deliberados e direcionados", comentou
Nesta segunda-feira, deve acontecer uma inspeção no local, onde já foram relatados vários danos, principalmente "onde há combustíveis novos e usados", segundo Grossi.  O nível de radiação está dentro dos limites normais, e a fonte de alimentação externa não foi afetada
"Embora não tenha havido um ataque direto aos principais sistemas de segurança, o bombardeio foi perigosamente perto. Estamos falando de metros, não de quilômetros", advertiu o chefe da agência da ONU. Grossi realiza consultas para a criação de uma zona de proteção ao redor da usina. Até agora, sem sucesso
Quais são os riscos? "O impacto direto [de um míssil] nos reatores e equipamentos adjacentes, especialmente onde o combustível usado é armazenado, pode ter sérias consequências", enfatizou Rafael Grossi, em setembro
Central Nuclear Ucrânia Zaporizhzhia
Outro risco é uma queda de energia prolongada. Os sistemas da usina são alimentados por quatro linhas de 750 quilovolts (kV), que foram danificadas várias vezes por bombardeios. Se essa rede falhar, a eletricidade pode chegar por outras linhas por meio de uma usina termelétrica próxima. Mas esses caminhos também são regularmente afetados
O operador já se viu obrigado a recorrer temporariamente a geradores. A usina tem 20 no total, e suas reservas de combustível permitiriam que funcionasse por até 15 dias seguidos
Cenário extremo A eletricidade é indispensável para o funcionamento das bombas que fazem circular a água que resfria o combustível do núcleo dos reatores
"Uma avaria prolongada no resfriamento conduziria a um acidente de fusão combustível e a emissões radioativas no meio ambiente", ressalta o IRSN (Instituto Francês de Radioproteção e Segurança Nuclear, em português). Seria um cenário semelhante ao de março de 2011 em Fukushima (Japão), embora, no caso de Zaporizhzhia, levaria muito mais tempo para reagir, segundo a diretora-geral do IRSN, Karine Herviou
A ocupação russa A usina é administrada pela operadora ucraniana Energoatom, mas é ocupada pelos russos, que a anexaram oficialmente no início de outubro. "É uma situação única", alertou Grossi
Usina nuclear de Zaporizhzhia é desativada após bombardeios 
usina nuclear da Zaporizhzhia

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Localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelo Exército russo, a usina de Zaporizhzhia vive sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, entre bombardeios, cortes de energia e a pressão sofrida por seus funcionários ucranianos
O caso ocorreu em Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que enviou especialistas à usina, relatou "pelo menos 12 disparos" neste fim de semana. "Quem quer que esteja por trás disso deve parar imediatamente", exigiu o diretor da AIEA, Rafael Grossi. "São [ataques] absolutamente deliberados e direcionados", comentou
Nesta segunda-feira, deve acontecer uma inspeção no local, onde já foram relatados vários danos, principalmente "onde há combustíveis novos e usados", segundo Grossi.  O nível de radiação está dentro dos limites normais, e a fonte de alimentação externa não foi afetada
"Embora não tenha havido um ataque direto aos principais sistemas de segurança, o bombardeio foi perigosamente perto. Estamos falando de metros, não de quilômetros", advertiu o chefe da agência da ONU. Grossi realiza consultas para a criação de uma zona de proteção ao redor da usina. Até agora, sem sucesso
Quais são os riscos? "O impacto direto [de um míssil] nos reatores e equipamentos adjacentes, especialmente onde o combustível usado é armazenado, pode ter sérias consequências", enfatizou Rafael Grossi, em setembro
Central Nuclear Ucrânia Zaporizhzhia
Outro risco é uma queda de energia prolongada. Os sistemas da usina são alimentados por quatro linhas de 750 quilovolts (kV), que foram danificadas várias vezes por bombardeios. Se essa rede falhar, a eletricidade pode chegar por outras linhas por meio de uma usina termelétrica próxima. Mas esses caminhos também são regularmente afetados
O operador já se viu obrigado a recorrer temporariamente a geradores. A usina tem 20 no total, e suas reservas de combustível permitiriam que funcionasse por até 15 dias seguidos
Cenário extremo A eletricidade é indispensável para o funcionamento das bombas que fazem circular a água que resfria o combustível do núcleo dos reatores
"Uma avaria prolongada no resfriamento conduziria a um acidente de fusão combustível e a emissões radioativas no meio ambiente", ressalta o IRSN (Instituto Francês de Radioproteção e Segurança Nuclear, em português). Seria um cenário semelhante ao de março de 2011 em Fukushima (Japão), embora, no caso de Zaporizhzhia, levaria muito mais tempo para reagir, segundo a diretora-geral do IRSN, Karine Herviou
A ocupação russa A usina é administrada pela operadora ucraniana Energoatom, mas é ocupada pelos russos, que a anexaram oficialmente no início de outubro. "É uma situação única", alertou Grossi
Usina nuclear de Zaporizhzhia é desativada após bombardeios 
usina nuclear da Zaporizhzhia

Localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelo Exército russo, a usina de Zaporizhzhia vive sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, entre bombardeios, cortes de energia e a pressão sofrida por seus funcionários ucranianos

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