O advogado de Adélio Bispo, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), prestou mais um depoimento, nesta segunda-feira (15), na sede da Polícia Federal, em Belo Horizonte.
Por cerca de uma hora, Zanone Oliveira foi interrogado. O objetivo do depoimento é apurar se há alguém pagando os seus honorários e, se houver, saber o interesse em arcar com a defesa de Adélio neste caso. Zanone não quis conceder entrevista. Na primeira vez que depôs, o advogado se recusou a dizer quem bancou seus honorários.
A convocação foi para explicar uma entrevista, concedida após uma audiência em Juiz de Fora, quando Zanone Oliveira disse, sem citar nomes, que veículos de comunicação estavam custeando os honorários advocatícios.
Em setembro próximo, a investigação vai completar um ano e, até o momento, a PF não tem indício de quem estaria por trás do atentado. Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato público de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a 266 km de Belo Horizonte. No dia do atentado, a investigação concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho.
Em dezembro do ano passado, a PF realizou busca e apreensão em endereços do advogado Zanone de Oliveira. Na ocasião, o celular dele foi apreendido, mas a perícia não foi realizada por determinação do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília.
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O entendimento é de que o sigilo profissional do advogado e seus clientes não pode ser violado. A pedido da PF, um recurso foi proposto, mas ainda não foi apreciado. Sem a perícia no aparelho, a investigação está travada.