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BH vai fechar se os números da covid não recuarem, alerta Kalil

Prefeito da capital mineira vai anunciar na próxima semana como ficará o comércio na cidade; ocupação de hospitais preocupa

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7


Prefeito deu uma semana de prazo para decisão
Prefeito deu uma semana de prazo para decisão

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), alertou que vai fechar todo o comércio não essencial nas próximas semanas, caso os índices da pandemia de covid-19 não recuem nos próximos dias.

— Se precisar, sexta-feira [dia 8 de janeiro] comunicamos e na segunda-feira seguinte não abre nada, com exceção dos parques públicos e da orla da Lagoa da Pampulha, que são pequenos detalhes que estão sendo estudados.

O anúncio foi feito durante uma coletiva na sede da prefeitura, na tarde desta quarta-feira (30). O prefeito anunciou que vai aguardar um pouco mais para tomar a decisão, tendo em vista ao considerável número de moradores que estão fora de BH para as festas de fim de ano.

— Estamos dando uma semana para que Belo Horizonte abaixe os números, considerando que a cidade esvaziou. Se a cidade está mais vaizia, o R0 [índice que monitora o ritmo de proliferação do vírus] caiu, mas o sistema de CTIs [Centros de Terapias Intensiva] está estável em um patar muito alto.

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Segundo o secretário de Saúde, Jackson Machado, caso seja necessário apertar as regras de isolamento no município, o modelo adotado será igual ao que foi feito em março, quando a capital mineira fechou pela primeira vez.

Leia também: Kalil vai esperar mais uma semana para decidir se volta a fechar BH

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Apenas serviços e atividades essenciais, como postos de combustíveis, supermercados, estabelecimentos de saúde poderão funcionar. Bares, restaurantes, lojas de roupas e calçados, shoppings e centros de compras deverão fechar as portas novamente.

Três índices monitoram o avanço da pandemia na cidade. Veja o nível de cada um deles:

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• RT (ritmo de transmissão do vírus): 0,95 (alerta verde)

• Ocupação de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo): 78,8% (nível vermelho)

• Ocupação de leitos de enfermaria: 63,8% (nível vermelho)

Vagas em hospitais

O nível de ocupação dos hospitais, principalmente nos leitos de tratamento intensivo, é um dos fatores que deixa a Prefeitura de BH em alerta.

O Secretário de Saúde, Jackson Machado, explica que não há previsão de abertura de novos leitos para as próximas semanas. A quantidade, inclusive, reduziu nos últimos dias. Em 1º de dezembro, a prefeitura calculava 1.244 UTIs em hospitais públicos e particulares. Agora, são 1.192. O secretário explica que a diminuição se deve a uma revisão nos dados das unidades.

— Muitos hospitais diziam que tinham "x" leitos, mas parte deles estava bloqueada por falta de pessoal para fazer o leito funcionar. Então expurgamos eles da lista.

Machado explica que o município enfrenta dificuldade na contratação de profissionais para abertura de novos leitos. Segundo o secretário, algumas unidades que estavam atendendo pacientes com outras doenças ainda podem transformadas em áreas de atendimento para covid-19, dando "certa" segurança à prefeitura. Mas em sua avaliação, a população precisa ficar atenta.

— A outra opção é comprar leitos na rede privada, mas estes hospitais estão mais ocupados que a rede pública. Caso aconteça uma contaminação massiva, que vá demandar um número muito grande de enfermarias e CTIs, corremos o risco de ter gente morrendo na rua.

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