Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Carros importados e amigos influentes: vizinhos contam sobre suspeita de explorar crianças

Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos, é suspeita de maus tratos infantil e está foragida desde o dia 16 de março

Minas Gerais|Shirley Barroso, da Record TV Minas


Terezinha, segundo os moradores, conta com a proteção de uma mulher que vive na capital mineira
Terezinha, segundo os moradores, conta com a proteção de uma mulher que vive na capital mineira

Moradores de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, vizinhos da mulher suspeita de aliciar família na capital mineira, contam que carros importados paravam na porta da casa de Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos, pela madrugada. Eles denunciam também que já viram pessoas saindo do local pedindo socorro e que uma mulher misteriosa aparecia na região, com seguranças armados, para defender Terezinha.

A Polícia Civil de Minas Gerais ainda tenta desvendar o mistério que gira em torno de Terezinha conhecida também como Maria. A mulher está foragida desde o dia 16 de março, suspeita de maus tratos a duas crianças, e também pode estar envolvida na morte de um menino.

As denúncias apontam que as crianças eram levadas para o meio da mata, durante a madrugada, para buscar lenha. Há informações que indicam que elas também eram obrigadas a trabalharem em construções de barracos. 

Sem quererem se identificar, as moradoras descreveram a mulher que eles conheciam apenas como 'Maria'. "Ela é muito esquisita. Não gosta que a gente conversa com ela. Se dá bom dia ou boa tarde, ela fala que tem que pagar”, disse uma das vizinhas. 

Publicidade

Os moradores contam que as crianças ficavam trancadas em casa durante o dia e eram exploradas durante a madrugada. “À noite, ela punha eles para trabalhar. Durante o dia, a gente não via. Ficava tudo calado. Quando dava algum grito, logo eles começavam a tocar tambor", contou uma moradora. 

Os vizinhos acreditam que os tambores eram tocados para disfarçar o que acontecia dentro da casa. Eles relatam que toda vez que viam ou ouviam algo estranho, chamavam a polícia. No entanto, Terezinha os ameaçava e alegava que eles estavam praticando intolerância religiosa, uma vez que os tambores fazem parte da sua religião. 

Publicidade

“Ela manda os filhos dela fazer maldade com as pessoas. Uma filha e dois filhos. O mais violento é o Gustavo, porque ele gosta muito de ameaçar as pessoas com arma”, contou um dos moradores. 

O terreno era todo tampado com madeira, cercas, edredons e lona, não sendo possível ver o que acontecia no local. Terezinha, segundo os moradores, conta com a proteção de uma mulher que vive na capital mineira. Segundo eles, essa mulher não identificada sempre aparecia para resolver conflitos de Terezinha com os vizinhos, lhes oferecendo coisas.

Publicidade
Vizinhos não conseguiam ver o que acontecia dentro de terreno
Vizinhos não conseguiam ver o que acontecia dentro de terreno

“Ela não é muito de aparecer. Chega em um carro muito chique e na companhia de uns dois seguranças. Os dois caras bem armados. Bem trajados. Ela dizia que era a mãe dela (Terezinha)”, contou uma das vizinhas. 

Os moradores relatam também que a casa de Terezinha era bem frequentada. Segundo eles, durante a madrugada, paravam vários carros importados e deles desciam pessoas bem arrumadas que entravam no terreno de Terezinha. Quando os vizinhos ameaçavam chamar a polícia, a mulher se gabava por ser bem relacionada.

Kátia Robes escreveu carta de dentro da prisão
Kátia Robes escreveu carta de dentro da prisão

Para os moradores, tanto Terezinha, quanto os filhos podem estar envolvidos na morte do menino Emanoel Robes, de 4 anos, filho de Kátia. Em uma carta, escrita no presídio, Kátia contou que era mantida em cárcere privado por Terezinha. De acordo com as vizinhas, ela não foi a única.

“Já saiu uma mulher daqui gritando socorro. E saiu um homem também com a cara toda ensanguentada”, disse a moradora.

Os moradores esperam que Terezinha e todos o que a ajudavam sejam presos o quanto antes.

Relembre o caso

Emanoel Robes, de 4 anos, deu entrada na UPA de São Joaquim de Bicas, no dia 2 de fevereiro, sem os sinais vitais e morreu minutos depois. Os médicos identificaram marcas de violência no corpo da criança e acionaram a PM. A mãe do garoto, Kátia Cristina Alves Robes, de 30 anos, foi presa por maus tratos.

Algumas semanas depois, os irmãos de Emanoel foram encontrados abandonados em um apartamento no bairro lagoinha, em Belo Horizonte. Veio à tona a história de que a família era mantinha em cárcere privado por Terezinha e as crianças submetidas a trabalho braçal.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.