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Governo de MG demora até 42 dias para registrar mortes por covid-19 

Em média, atrasos são de 5,8 dias entre o óbito de uma vítima até o registro no boletim oficial; secretaria cita protocolo de registro, que pode demorar dias

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Secretaria não explicou atraso de 42 dias no registro de óbito em boletim
Secretaria não explicou atraso de 42 dias no registro de óbito em boletim Secretaria não explicou atraso de 42 dias no registro de óbito em boletim

No dia 2 de abril, uma mulher de 56 anos morreu em decorrência da covid-19 em Governador Valadares, a cerca de 315 km de Belo Horizonte. Embora essa tenha sido uma das primeiras mortes provocadas pela doença no Estado, ela só entrou no boletim epidemiológico da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) em 14 de maio, portanto, 42 dias mais tarde.

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Esse não é um caso isolado. Duas outras mortes, ocorridas em Uberlândia e Pirapetinga, no dia 27 de abril, só foram oficializados quase um mês mais tarde, em 23 de maio, uma diferença de 26 dias.

Em média, o Governo de Minas tem demorado 5,8 dias para lançar os óbitos nos boletins epidemiológicos. Levando essa média em consideração, é como se os registros divulgados hoje, tivessem ocorrido há uma semana. E os óbitos por covid-19 que acontecem hoje, só serão computados na semana que vem. 

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De acordo com a SES-MG, há uma regra de que as notificações de óbitos devem ocorrer em até 24 horas, para que as secretarias de Saúde de cada município possam "executar as medidas cabíveis para resposta a cada caso". 

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"Conforme definido por orientações do Ministério da Saúde, todo óbito suspeito deve ser testado por meio do exame tipo PCR, que analisa a presença do vírus na mucosa e secreções nasais", diz a secretaria por meio de nota.

A SES-MG esclarece, ainda, que há um fluxo de informações e notificações dos casos e óbitos por covid-19 no Estado.

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"Portanto, somente após todo esse processo que um dado entra no boletim. Esse processo pode demorar alguns dias, pois envolve, quando é o caso, a realização de exames e também análise epidemiológica", completa.

A reportagem questionou a secretaria sobre a demora no caso da mulher de 56 anos que morreu em Governador Valadares e cujo óbito só entrou nos registros oficiais 42 dias depois. Não obtivemos resposta. 

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