Governo de MG prevê transmissão comunitária de varíola do macaco
Secretário de Saúde alertou, porém, que doença é limitada e que infecção não acontecerá na mesma intensidade que a Covid-19
Minas Gerais|Helen Oliveira, Da Record TV Minas
![Pacientes apresentam lesões na pela](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/2UFKLSFQAVLYVHFRWJJZ6QY3TQ.jpg?auth=a73c2633a9f32a7a3615d39c505b05a9321677f41cb4accb8fa9ae4141812fdf&width=771&height=420)
O Governo de Minas Gerais afirmou que a transmissão interna da varíola do macaco pode acontecer no estado nos próximos dias, porém a previsão da Secretária de Saúde é que a contaminação ocorra de maneira controlada. Até o momento, a pasta confirmou três casos da doença em Belo Horizonte e outros oito estão em investigação.
De acordo com o secretário de Saúde estadual, Fábio Baccheretti, a transmissão da varíola acontece por meio de contato próximo com lesões de pele, gotículas de saliva e também há a suspeita de infecção através de relação sexual.
Douglas Mello, que é mineiro e mora em São Paulo, é um dos pacientes diagnosticados no Brasil. Ele está em isolamento há 17 dias e acredita que foi infectado durante uma festa na capital paulista.
“Fui em uma festa eletrônica em São Paulo que teve no dia 16 e nessa festa eu cumprimentei todo mundo. Tive bastante contato pessoal. Assim que eu cheguei em casa desse evento, já comecei a sentir muita dor no corpo, principalmente nas costas”, relatou o influenciador e modelo.
Sintomas
Os principais sintomas da varíola do macaco são dor de cabeça, dor muscular, calafrios, exaustão e febre que leva a erupções da pele. Segundo os médicos, os indícios podem duram de duas a quatro semanas e costumam aparecer de seis a 13 dias depois que a pessoas foi infectada.
“Procurei um médico e, quando ele me examinou, achou umas bolhas pelo corpo. Eu não tinha percebido ainda porque o que mais me incomodou no começo foi a dor forte nas costas e a febre que não passava”, contou Douglas.
Após o exame no consultório, o médico pediu a testagem para a varíola do macaco. “É um exame bem doloroso, eles furam essa bolha e coletam um pedaço do tecido da pele. Quando saiu o resultado, eu fiquei em choque. Mas meu médico me tranquilizou e disse para eu acompanhar os sintomas e não sair de casa. Desde então, eu estou de isolamento social”, disse.
Prevenção
Os meios de prevenção são os mesmos para se proteger do coronavírus: lavar as mãos várias vezes ao dia com água e sabão e usar máscaras de proteção em ambientes fechados.
A Secretária de Saúde alerta que, ao sentir qualquer sintoma ou tiver contato com alguém contaminado, o paciente deve procurar o atendimento médico para a realização do exame.
![Veja como se prevenir da doença](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4PSSIILRMNI73J4TPF7VVOZMWA.jpg?auth=87f08a7e3f6ce1e6cf2eaf0b28a945ebc131369756e6fc8016878e1e9ae386a7&width=770&height=3015)
Casos no Brasil e em Minas
No Brasil, em quatro dias, o número de contaminados pela doença mais que dobrou. Em 30 de junho, eram 37 pacientes e, nesta segunda-feira (4), os registros chegaram em 78.
Apesar do crescimento pelo país e os três casos confirmados em Minas Gerais, Baccheretti afirma que a varíola do macaco é uma doença limitada e que a contaminação não deve ocorrer na mesma intensidade que outras doenças.
“Não é uma transmissão tão facilitada como a da Covid-19. Os três casos de BH são importados, dois foram infectados em São de Paulo e um fora do Brasil. A doença será transmitida internamente, mas não vai ter um crescimento tão grande”, explicou o chefe da pasta.