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Magalhães não comparece a depoimento sobre cassação

Vereador de BH é acusado de quebra de decoro parlamentar por ser suspeito de envolvimento em esquema de desvio milionário

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Wellington Magalhães está afastado do cargo, mas recebe salário
Wellington Magalhães está afastado do cargo, mas recebe salário Wellington Magalhães está afastado do cargo, mas recebe salário

O vereador afastado de Belo Horizonte Wellington Magalhães (PSDC) não compareceu à Câmara Municipal para prestar depoimento na comissão que avalia o pedido de cassação do mandato dele. A oitiva aconteceria na manhã desta terça-feira (24), mas o político enviou uma carta justificando a falta.

O ex-presidente da Câmara de Vereadores, é acusado de quebra de decoro parlamentar, que é quando um ato do legislador afeta a credibilidade da Casa. O problema teria sido causado pelo envolvimento do político em um esquema que teria desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos por meio de contratos de publicidade fraudados. Em abril deste ano, Magalhães chegou a ser preso, mas ele foi liberado na condição de usar tornozeleira eletrônica e se recolher em casa após as 22h.

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A defesa do legislador alega que ele não poderia perder o mandato por ser suspeito de um crime que ainda não foi comprovado na Justiça. O advogado Mariel Marley Marra, autor da denúncia, defende que a responsabilidade da Câmara é apenas avaliar a quebra de decoro, ficando a cargo da Justiça a análise da questão criminal.

No final da tarde dessa segunda-feira (23), Magalhães enviou um ofício à Câmara informando que não compareceria à reunião para qual ele foi convidado a prestar depoimento. O político alegou que ainda não prestou esclarecimentos oficiais à Justiça sobre o suposto dinheiro desviado e o depoimento na Casa poderia comprometer o processo.

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Por fim, Magalhães se colocou à disposição dos vereadores para responder dúvidas ainda não esclarecidas na defesa apresentada por ele. “coloco-me a disposição para responder, por escrito, os questionamentos porventura ainda existentes sobre os fatos apurados nessa denúncia. Assim, resguardo-me dos obstáculos que impedem, ao meu ver, a realização da minha ampla defesa.”.

Próximos passos

O depoimento de Wellington Magalhães era o último marcado. Delegados, procuradores, vereadores e deputados também foram indicados pela comissão processante e pelo político para prestar esclarecimentos na fase inicial.

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Agora, o relator da comissão, vereador Reinaldo Gomes (PMDB) finalizará um relatório analisando o caso, pedindo ou não a cassação de Magalhães. O documento será apresentado aos demais membros do grupo no dia sete de agosto.

Caso seja aprovado, ele será encaminhado para o plenário da Câmara, quando todos os vereadores da Casa votarão pela perda ou manutenção do mandato. Para que a cassação seja aprovada, é necessário o apoio de dois terços dos vereadores, ou seja, 28 parlamentares.

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