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Militar de ocorrência que terminou com sequestrador baleado em BH é detido 

Comando da Polícia Militar explica que a ação é padrão em operações com baleados; Justiça vai definir sobre soltura

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7


Chefe da PM de Minas explicou os protocolos adotados
Chefe da PM de Minas explicou os protocolos adotados

O sniper que atirou contra o sequestrador de uma criança e um jovem em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (22), ficou preso após a ocorrência.

NOTA: Após coletiva, a major Layla Brunnela, porta-voz da PM, informou à reportagem que 20 militares haviam sido presos. Na manhã desta sexta-feira (23), a corporação corrigiu a informação e esclareceu que a fala do comandante, ao sintetizar as informações, deixou a entender que todos haviam sido detidos, mas o correto é afirmar que apenas o sniper ficou preso e os demais agentes envolvidos na ocorrência foram conduzidos ao quartel na condição de testemunhas.

O coronel Eduardo Felisberto, chefe do Estado-Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, explica que esse é um procedimento padrão segundo a Justiça Militar, já que houve um baleado na ocorrência.

Foi lavrado um auto de prisão para o sniper que atirou no sequestrador. Agora, a decisão sobre o assunto é da Justiça.

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“Apesar de ser um ato considerado em excludente de ilicitude previsto no Código Penal Brasileiro, é necessário que seja feito um procedimento Judiciário militar para decisão por parte da Justiça, posteriormente”, detalhou o coronel.

O chefe da PM de Minas Gerais também explicou que a decisão de usar um sniper para atirar contra Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, foi baseada nos protocolos técnicos do Bope (Batalhão de Operações Especiais), visto que o sequestrador não cedeu às negociações e indicou que iria matar os dois reféns.

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O comandante do Bope em Minas Gerais, o coronel Ricardo Geraldo de Oliveira Viana, explicou que o protocolo para casos como esse prevê três etapas: negociação, entrada forçada no local do cárcere e disparo contra o sequestrador.

"No decorrer da noite, o sequestrador começou a ficar nervoso. Por volta das 6h30, ele se apresentou com a criança no colo, com uma arma na cabeça da criança", detalhou o comandante, ao explicar que Pereira estava irredutível na negociação. O homem queria ver a ex-esposa, que é prima dele. Ele não aceitava o fim do relacionamento e falava em traição da ex-companheira.

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O comandante explica, ainda, que a decisão de disparar aconteceu após quase 16 horas de conversa, já que as características da casa não favoreciam a entrada no local.

"Ele encontrava-se no segundo andar da casa e tinha visão de cima para baixo. Existia escada inclinada e estreita, com mais de 30 degraus, que dava acesso a esse local. Então, a tentativa de invasão não era eficiente", detalhou.

O sequestrador foi atingido no rosto e levado ao Hospital João 23. Seu estado de saúde é considerado grave. Ele deve passar por uma cirurgia. Pereira manteve em cárcere o seu ex-enteado, de 7 anos, e um irmão de criação de sua ex-esposa. Segundo os investigadores, o sequestrador tinha intenção de atingir a ex-companheira.

Entenda o caso:

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