A Polícia Civil investiga a morte de seis filhotes de gato em um condomínio no bairro Guarani, na região Norte de Belo Horizonte. O caso aconteceu menos de um mês após um cão ser envenenado no mesmo local.
Em janeiro, alguns moradores do condomínio haviam se reunido e passado a cuidar de cães e gatos abandonados. Uma das residentes, que era responsável pelo cuidado dos filhotes, encontrou os animais mortos pela manhã, quando foi alimentá-los. Há a suspeita de que os gatinhos tenham sido estrangulados.
O condomínio tem uma câmera de monitoramento que poderia ter flagrado algum suspeito, mas os moradores acreditam que o equipamento tenha sido virado para não registrar o momento do crime, sendo esse um indício de que o crime foi planejado.
O caso revoltou a bióloga Maria Fernanda Tacchi, que quer a identificação do criminoso.
— Nós não temos direito de tirar a vida de nenhum ser, nem uma planta. Para mim, isso aqui foi um assassinato.
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A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento para apurar a morte dos gatos. A perícia técnica e uma equipe de investigadores esteve no local e já fez os primeiros levantamentos. Os seis filhotes mortos foram recolhidos e serão submetidos a exames.
Maus-tratos a animais
Quem maltratar cães e animais no Brasil pode ser preso por até cinco anos e também ser proibido de ter animais de estimação. É o que prevê a Lei Sansão, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de setembro.
O dispositivo recebeu este nome em homenagem ao cachorro Sansão, que foi amordaçado e teve as patas cortadas com um facão em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O suspeito foi denunciado pelo Ministério Público e vai responder pela morte de um cachorro, uma galinha e por maus-tratos contra 12 animais diferentes.