Responsável pela barragem Sul Superior, que há cinco meses deixa em alerta os moradores de Barão de Cocais (MG), a Vale concordou em pagar indenização a 458 pessoas que foram obrigadas a deixar suas casas devido ao risco de rompimento da estrutura.
O acordo foi firmado durante a primeira audiência de conciliação proposta pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). O pagamento emergencial deve ser feito no valor de um salário mínimo mensal (R$ 998) a cada adulto, meio salário mínimo (R$ 499) para cada adolescente e um quarto de salário mínimo (R$ 249,50) para cada criança no prazo de um ano, retroativo ao dia 8 de fevereiro de 2019
Este foi o dia em que as pessoas tiveram que deixar suas casas localizadas na ZAS (Zona de Autossalvamento), ou seja, na região mais próxima à barragem, que seria a primeira a ser atingida em caso de rompimento.
Veja também: Vidas em suspenso: moradores à espera de um desastre
Leia também
Cai movimentação de talude de mina da Vale em Barão de Cocais
CPI visita vizinhos de barragem 4 vezes maior que a de Brumadinho
Vale fará novo aporte de R$100 mi a municípios de MG impactados por paralisações
Vale testa alternativa para mineração
Movimentação de talude de mina da Vale em Barão de Cocais chega a 56 cm por dia
Pelo acordo, os valores não poderão ser descontados de eventuais indenizações individuais, mas somente do valor final de indenização coletiva. O pagamento será iniciado no prazo de até 30 dias.
Ainda durante a audiência, a Vale se comprometeu a celebrar um aditivo ao acordo firmado com a Prefeitura de Barão de Cocais, que prevê um reforço à saúde, manutenção hospitalar e obras de melhoria em decorrência da realocação de pessoas que residiam abaixo da barragem Sul Superior. Com isso, as melhorias na rede de saúde da cidade poderão ser oferecidas a toda a população.