Sirene dispara após nível subir na barragem de Barão de Cocais (MG)
Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, a Vale informou que existe risco iminente de rompimento da barragem
Minas Gerais|Márcio Neves, do R7 com Estadão Conteúdo
A sirene do sistema de segurança da barragem da mina da Vale de Gongo Soco, em Barão dos Cocais, cidade distante 100 quilômetros de Belo Horizonte, foi acionada na noite desta sexta-feira (22), conforme informações da prefeitura.
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Em nota, o município afirmou que "por orientação da ANM (Agência Nacional de Mineração)", o nível de alerta da barragem passou para 3. A Prefeitura afirma não haver risco de rompimento.
"A Vale informou que foi notificada por sua empresa de auditoria que a barragem sul superior da mina da Vale de Gongo Soco corre risco iminente de rompimento. A barragem não rompeu, está ainda intacta, mas existe este risco potencial, e neste momento estamos adotando todas as medidas de prevenção necessárias", afirmou em entrevista coletiva o coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais.
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Ainda não há informações sobre retirada de moradores de áreas próximas à barragem nesta noite, mas equipes da Polícia Militar já estão no local caso a evacuação seja necessária. Em 8 de fevereiro, 500 pessoas foram retiradas de suas casas durante a madrugada por depois de empresa de consultoria negar declaração de estabilidade à estrutura.
A defesa civil informou ainda que agora, as áreas na chamada zona secundária, que estão num raio de 10km da barragem, estão sendo alertadas e a Polícia Militar de Mians Gerais já esta nestes locais para que, em caso de emergência, possa dar suporte aos moradores e auxiliar na evacuação.
Alerta
O alerta ocorre cerca de dois meses após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que deixou ao menos 209 mortos. A tragédia – precedida pelo rompimento de uma barragem de rejeitos em Mariana, em 2015, quando houve 19 mortes – levou apreensão a diversas cidades onde há estruturas semelhantes.
Nesta semana, cerca de 125 moradores nas regiões de Ouro Preto e Nova Lima, respectivamente na região central e metropolitana de Minas, começaram a ser retirados de suas casas por risco de rompimento de represas da Vale.