Teste de 300km a bordo do novo Ford Mustang Mach-E
Avaliação prova disposição do SUV para acelerar com autonomia bem dimensionada para viagens
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O universo dos carros elétricos tem seus paradoxos interessantes. Hoje os entusiastas do motor V8 dizem que o Mustang Mach-E não tem o “DNA” de um carro esportivo. No entanto, ignoram que há 60 anos quando o esportivo surgiu sua base e algumas versões de entrada vinham do Ford Falcon que era o carro mais simples da marca na época. Tendo essas questões sucessórias em mente o R7-Autos Carros testou o novo Ford Mustang Mach-E 100% elétrico em uma viagem de São Paulo a Riveira de São Lourenço, litoral norte do estado. Após conhecermos o Mustang Mach-E no lançamento, o convívio com alguns dias ajuda a desmistificar o novo produto
O DNA esportivo presente no Mustang Mach-E GT Performance, não se dá apenas pela potência gerada por seus dois motores elétricos, localizados um em cada eixo do veículo, com potência combinada de 487 cv e 87,7 kgfm de torque, que é praticamente instantâneo ao pisar no pedal do acelerador.
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Há também elementos que transmitem a esportividade como o desenho cupê, a suspensão adaptativa MagneRide, que utiliza amortecedores com fluido viscoso eletromagnético para ajustar o comportamento da suspensão instantaneamente em cada situação de rodagem. Aqui ao invés de um SUv com absorção dos impactos o Mach-E é mais “duro” por conta do DNA esportivo.
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Claro que é possível ajustar os modos de condução na tela vertical do carro que aliás impressiona pela ótima resolução. Ao acelerar o Mach-E cola o motorista no banco mas também sabe fazer curva e frear com precisão. Isso porque vem com os pneus Pirelli P-Zero e os freios Brembo de 4 pistões com 44 milímetros de diâmetro e discos ventilados de 385 milímetros.
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Essa tela central do Mach-E traz sistema Sync 4 presente na F-150 de 15,5 polegadas com compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O painel digital é horizontal e chama atenção pela sua alta definição de imagem ao ligar o carro e pelo contraste.
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Através da central multimídia, é possível alternar os três modos de condução que o SUV disponibiliza. O modo Whisper visa otimizar o consumo, evitar o desempenho maximo preservando a bateria e o modo Engage é equilibrado e comum com mais entrega de desempenho.
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Basta acelerar o Unbridle que muda os gráficos do painel para uma cor alaranjada, volante mais firme e o conjunto de suspensão trabalha para que o SUV apresente maior estabilidade. A entrega de potência é ágil e a frenagem acompanha esse desempenho. Dentro do carro há uma emulação de um motor a combustão neste modo e nos demais é preciso selecionar e ativa-la.
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O SUV tem uma interação com a chave de presença que, ao se aproximar do veículo com a chave, sem apertar nenhum botão, as portas do Mach-E são destravadas, os retrovisores laterais voltam a posição de utilização, faróis e lanternas são acesos e é projetado no chão o símbolo do Mustang nas laterais perto das portas.
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Tanto na dianteira, traseira e abaixo dos retrovisores laterais, é possível ver as câmeras que fazem o auxílio à condução para os motoristas com visão 360°. O pacote ADAS do Mach-E é bem completo, com piloto automático adaptativo com Stop and Go e centralização em faixa, sistema de monitoramento de ponto cego, assim como o aviso de ponto cego nos retrovisores laterais, frenagem autônoma com detecção de pedestres e sistema de pré-colisões, assistente de frenagem em marcha ré para evitar possíveis colisões traseiras ao manobrar o veículo e assistente de manobras evasivas.
Qual a Autonomia do Mustang Mach-E?
Baseada nos dados do INMETRO, a Ford divulga uma autonomia 379 km para o Mustang Mach-E GT Performance. Porém, com 95% de bateria o próprio painel indica que o Mustang tem autonomia superior aos 400 km.
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Ao sair de São Paulo rumo à Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP), a distância de 115 km, mostra que há bateria suficiente especialmente na descida. Ao deixar a capital a carga era de 89% e autonomia de 369 km. Partindo sentido litoral norte, foi utilizado o modo Engage de condução durante todo o trajeto. Após a chegada no litoral, o nível de carga da bateria apresentado era de 68% e com autonomia de 288 km.
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Em tese, foram utilizados 111 km da autonomia do Mustang Mach-E, mas vale lembrar que muito se deve a regeneração de bateria durante as frenagens no trecho de serra. O uso do carro dentro dos percursos litorâneos foi curto ao longo de quatro dias e em teste havia bastante carga para retornar. No entanto, havia um ponto de carga no litoral disponível e experimentamos uma carga rápida.
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Os níveis de bateria foram de 55% para 93% em 32 minutos de recarga. Na faixa entre 20% e 80% a bateria é recarregada de maneira mais rápida, após os 80% de nível de carga, o carregamento se torna mais lento para preservar o conjunto de baterias de alta tensão. Nessa recarga a tarifa de energia estava em R$ 1,95/kWh e ao todo, foram consumidos 28,91 kWh, mais a taxa R$ 2,00 de desbloqueio do carregador, o custo total foi R$ 58,38.
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Assim, foi tranquilo o uso do Mustang Mach-E percorrendo no total 300km de viagem entre ida e volta. Em tese é difícil associar o Mach-E ao tradicional Mustang que ainda sobreviverá por anos haja visto que acaba de estrear uma nova geração. Uma nova forma de conduzir e um carro interessante é instigante também por ser versátil conforme o modo de condução e assim o Mach-E integra o catálogo da Ford no Brasil.
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