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Blog do Nolasco

Governo não teme que ida à Rússia atrapalhe parceria com a Otan

Para o ministro da Defesa, Braga Netto, o encontro de Bolsonaro com Putin e a possível parceria do Brasil com a Otan são 'coisas distintas'

Blog do Nolasco|Do R7


Braga Netto, ministro da Defesa
Braga Netto, ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, disse que a viagem de Bolsonaro à Rússia em meio a tensões diplomáticas com a Ucrânia não vai impactar a relação do Brasil com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O presidente desembarcou em Moscou nesta terça-feira (15) para uma visita de três dias em que deve discutir temas como energia, defesa, agronegócio, comércio e investimentos.

Para o ministro, a visita de Bolsonaro e a tensão entre a Rússia e a Otan são "coisas distintas". "Você conversa com todos os países do mundo. Nós continuamos parceiros da Otan, temos interesses também aqui, como todo país, o país está sempre aberto à negociação", comentou na chegada a Moscou.

Na segunda-feira (14), o presidente Bolsonaro disse que "torce pela paz" na relação entre os dois países. Mesmo ciente dos riscos da viagem em razão da iminente ameaça de invasão das tropas russas no país vizinho, Bolsonaro decidiu manter a visita para atender a um convite feito por Putin.

"A gente quer a paz, mas tem que entender que todo mundo é ser humano. Vamos torcer. Se dependesse de uma palavra minha, o mundo teria paz", destacou o mandatário em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.


Viajam na comitiva brasileira os ministros das Relações Exteriores, Carlos França; do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno; da Defesa, Walter Braga Netto; e da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Leia também: Entenda por que a Rússia quer manter a Ucrânia fora da Otan


O presidente deve se encontrar com Vladimir Putin na quarta-feira (16), em almoço no Kremlin, sede do governo russo. A agenda também inclui visita e oferenda de flores ao Túmulo do Soldado Desconhecido, reunião com o presidente da Câmara Baixa do Parlamento e ainda com empresários do país. Após os compromissos na Rússia, Bolsonaro estuda visitar a Hungria para encontrar o primeiro-ministro Viktor Orbán.

A Ucrânia não é membro da Aliança Atlântica, mas manifestou interesse em entrar na organização militar ocidental, decisão considerada como linha vermelha para o governo russo, que vê a tensão entre Kiev e Moscou aumentar desde novembro de 2021, quando a Rússia enviou mais de 100 mil soldados para a região próxima à fronteira ucraniana.


Em dezembro, Putin exigiu garantias de segurança obrigatórias dos Estados Unidos e da Otan para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e implantasse armas ofensivas perto de suas fronteiras. O governo russo alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.

A tensão entre o país e a organização alcançou novos níveis quando a Otan expulsou diplomatas russos dos escritórios de Bruxelas, sede da aliança. Como retaliação, a Rússia tomou a mesma atitude com relação aos membros da Otan que estavam em Moscou. 

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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