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A cidade caranguejo 

BH não consegue ter uma direção no que toca a eventos e obras que são importantíssimas do ponto de vista da história e não de uma época

Eduardo Costa|Eduardo Costa

BH tem apenas uma rodoviária, no Centro da capital
BH tem apenas uma rodoviária, no Centro da capital BH tem apenas uma rodoviária, no Centro da capital

Sempre há uma discussão: caranguejo anda de lado ou para trás? Simples: porque é dessa forma que as juntas de suas patas se dobram. Ao serem flexionadas, as patas de um lado do corpo do caranguejo o puxam no sentido lateral e as do outro lado do corpo ajudam, empurrando o animal no mesmo sentido. Então, é para o lado, mas, fica a impressão de que, além do lado, também se move para trás. É Belo Horizonte.

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Nossa cidade não consegue verticalizar, ter uma direção, ao longo dos tempos, no que toca a eventos e obras que são importantíssimas do ponto de vista da história e não de uma época. Sempre foi assim. Lembro com tristeza dos tempos que o carnaval de rua atingiu seu ápice, com desfiles monumentais na Afonso Pena, mas, saiu o prefeito Maurício Campos, entrou o Hélio Garcia e fim de papo. Também o Maurício criou o “Forró de Belô” que já ganhava ares de segundo melhor do país (perdendo apenas para o de Campina Grande, na Paraiba), mas, a turma do Hélio disse não.

No que toca a obras a coisa mais rara é um prefeito dar continuidade a projetos de outro. Agora, o Kalil ignora solenemente a obra de uma nova rodoviária na Região Nordeste, que chegou a classificar de “aberração”. Claro que o prefeito pode pensar assim. Mas, será que alguém, algum assessor teve coragem de questionar, de ponderar. Eu, por exemplo, se trabalhasse com ele diria algo do tipo “prefeito, já foram gastos 30 milhões de reais, o trabalho de terraplenagem está se perdendo com o tempo, o senhor tem certeza de que não a vela investir?”

Mas, não é só. Eu, cidadão, tenho a plena convicção há muito tempo de que deveríamos ter três rodoviárias: uma ali, recebendo todos os ônibus do vale do Aço, norte do Rio, Espirito Santo e Sul da Bahia; outro, na região do João Pinheiro/Califórnia, para receber veículos do Norte, Centro-Oeste e Triângulo e mais uma, na BR-040, imediações do BH Shopping, para acolher coletivos procedentes do Rio e região.

A gente não faz nada, não aproveita que a crise diminuiu o fluxo no centro e sofre com essa rodoviária ultrapassada, sempre às vésperas e depois de um feriadão. Será que não há um vereador, “um especialista” percebendo? Será que estou errado? Alguém, por favor, me convença.

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