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Mobilidade Urbana: Já avaliamos a nova Yamaha NMAX 160 ABS 2021

Fabricante aperfeiçoa e insere mimos ao scooter que foi o primeiro veículo de duas rodas abaixo de 250 cilindradas com sistema ABS de frenagem de duplo canal

Moto Segurança e Trânsito|André Garcia, do R7

Eu com a NMAX 160 ABS 2021. Conjunto ótico com LED melhorou para ver e ser visto
Eu com a NMAX 160 ABS 2021. Conjunto ótico com LED melhorou para ver e ser visto Eu com a NMAX 160 ABS 2021. Conjunto ótico com LED melhorou para ver e ser visto (Foto: André Garcia)

Com a pandemia por COVID-19, para pesadelo dos setores de transporte público e automóveis, o veículo de duas rodas se tornou protagonista e a principal alternativa de mobilidade urbana (isolamento que não acontece nos trens e ônibus) e de diminuição de aglomerações em supermercados e restaurantes com o delivery, tanto que aumentou em 100 vezes as consultas que recebo de iniciantes para aquisição do primeiro veículo, além das orientações para compras de capacete, jaqueta, luvas e calçado, soma-se a isso, o aumento de mulheres habilitando-se, que cresceu em 96% no últimos 9 anos e o scooter é o produto preferido do público feminino. Não à toa, escrevi a matéria “Mobilidade Urbana: Desgoverno na pandemia, vá de moto” que merece leitura, especialmente, se você que faz uso de transporte público ainda está em dúvida na aquisição de um veículo de duas rodas movido à combustão e se não tem recurso ($) o melhor negócio é o consórcio. Quem me conhece ou já conversou comigo, sabe que por uma questão de pedagogia, eu sempre oriento para iniciar pelo scooter. Foi assim com um pupilo que se tornou amigo, Bruno Farcas que usa um NMAX durante a semana e já está na sua segunda Big Trail de alta cilindrada, viajando o Brasil todo.

Curiosamente, a Yamaha NMAX foi lançada há exatos 5 anos (março de 2016) e afirmei não só ser o lançamento mais importante daquele ano, como da década, exaltando ser o primeiro veículo abaixo de 250cc com sistema ABS de frenagem.

Bruno ao meu lado que começou a pilotar em 2016, comprou todo equipamento que indiquei, fez curso comigo em 2018 e ainda cedeu seu scooter para eu realizar as demonstrações
Bruno ao meu lado que começou a pilotar em 2016, comprou todo equipamento que indiquei, fez curso comigo em 2018 e ainda cedeu seu scooter para eu realizar as demonstrações Bruno ao meu lado que começou a pilotar em 2016, comprou todo equipamento que indiquei, fez curso comigo em 2018 e ainda cedeu seu scooter para eu realizar as demonstrações (Foto: Arquivo André Garcia)

Diante do exemplo que dei acima com Bruno Farcas, não preciso te dizer qual scooter abaixo de 250cc indico para primeira aquisição, devido a ciclística, freios com ABS de duplo canal e sua esperteza quando precisa acelerar seja saindo da imobilidade em um semáforo, deixando os motoboys alucinados, vistos só pelo retrovisor, seja em movimento precisando se desvencilhar de um veículo maior. Tudo está explicado tecnicamente nas matérias de 2016 e 2018.

Bruno começou no scooter e hoje já voa mais alto sempre com segurança
Bruno começou no scooter e hoje já voa mais alto sempre com segurança Bruno começou no scooter e hoje já voa mais alto sempre com segurança (Foto: Bruno Farcas)

Eis que passados 5 anos, a Yamaha apresenta a segunda geração do scooter NMax 160 2021, na minha modesta opinião, deu um banho de perfumaria só para ficar equivalente a sua concorrente que já tinha se perfumado em 2019. Apesar de leves mudanças visuais, por baixo da carenagem está um novo chassi, um novo motor e equipamentos extras que a deixam mais moderna, por um preço um pouco mais caro em relação ao modelo anterior, mas não se esqueça que nosso Real foi a moeda que mais desvalorizou no mundo em 2020.

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Em tempos de gasolina custando olho da cara, nada melhor que um scooter que consome pouco combustível. Média ficou nos entre 38 e 44 km/l. O pior consumo nas minhas mãos e o melhor consumo nas mãos da minha esposa
Em tempos de gasolina custando olho da cara, nada melhor que um scooter que consome pouco combustível. Média ficou nos entre 38 e 44 km/l. O pior consumo nas minhas mãos e o melhor consumo nas mãos da minha esposa Em tempos de gasolina custando olho da cara, nada melhor que um scooter que consome pouco combustível. Média ficou nos entre 38 e 44 km/l. O pior consumo nas minhas mãos e o melhor consumo nas mãos da minha esposa (Foto: André Garcia)

Os novos faróis e lanternas trazem um estilo vindo do irmão maior, as novas lanternas traseiras (quase idênticas a XMAX 250) deu não só um refinamento mas ganhou melhor visualização pelos motoristas, o que ocorre também com o conjunto dianteiro que ilumina muito melhor no período da noite e de dia chama muito atenção até dos automóveis blindados com película escura fora da lei de trânsito.

Scooter é a melhor alternativa de mobilidade urbana
Scooter é a melhor alternativa de mobilidade urbana Scooter é a melhor alternativa de mobilidade urbana (Foto: André Garcia)

O chassi foi projetado para resolver dois "problemas" do scooter, segundo o fabricante. Primeiro, novos tubos, formato e pontos de solda melhoraram o espaço para os pés, o que concordo. Segundo, isso ajudou a suspensão, com novos pontos de fixação e calibração, a ficar mais confortável - um dos pontos de críticas da geração anterior era justamente ser dura demais para o uso urbano, o que sempre discordei, já que pude avaliar o NMAX com pneus (Pirelli e Levorin) diferentes do original IRC, que me tranquilizou, já que sempre sustentei que o problema era a dureza do pneu e do modelo 2016 para 2018 foi melhorado a progressividade da suspensão traseira. No conjunto atual, ao menos na unidade avaliada, deu muito final de curso na suspensão dianteira (algo que não acontecia com tanta frequência), quando sozinho ou com garupa. A suspensão traseira passou com louvor.

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Nota: O pneu continua vindo de série com IRC, que mudou o composto, não consegui pilotar na chuva, melhorou em relação ao anterior, mas continua duro destoando do conjunto. É muito nítido a diferença da NMAX com Levorin Matrix Scooter.

O novo banco também foi alterado para colaborar com conforto, com novo formato e espuma, todavia, a linha de cintura ficou mais alta e confesso que não gostei, ainda mais por conta da perna curta, já que tenho só 1,65 de estatura, mas nada que desqualifique o NMAX que é muito fácil de manobrar dado sua leveza e distribuição de peso.

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Falando no novo assento, o espaço sob o banco conta com capacidade de 25 litros sendo possível guardar um capacete fechado e mais alguns pertences, mas continua não acomodando uma mochila com notebook, principal reclamação da minha esposa que utilizou o NMAX por 5 dias para ir e voltar do trabalho, em um trajeto de 4 km.

Capacidade embaixo do banco é boa quando comparado ao que tem no mercado, mas pode melhorar
Capacidade embaixo do banco é boa quando comparado ao que tem no mercado, mas pode melhorar Capacidade embaixo do banco é boa quando comparado ao que tem no mercado, mas pode melhorar (Foto: André Garcia)

O motor, para atender novas normas de emissões, ganhou novo bloco, pistão e cilindro. O monocilíndrico de 155 cc agora rende 15,4 cv (ante 15,1 cv), mas perdeu 0,1 Kgfm de torque, indo aos 1,4 kgfm. A transmissão tipo CVT foi recalibrada para melhor respostas em altas e médias rotações. O motor recebeu ainda o sistema start-stop (minha esposa manteve desligado durante os dias de uso), que o desliga em paradas de semáforo para reduzir o consumo de combustível - mas aguarda 1,5 segundo antes do desligamento pois, por exemplo em corredores, é comum rápidas paradas. Eu gostei e aprecio tudo que colabore com a eficiência energética.

letra A em verde acende quando paramos no farol desligando o motor: eficiência energética
letra A em verde acende quando paramos no farol desligando o motor: eficiência energética letra A em verde acende quando paramos no farol desligando o motor: eficiência energética (Foto: André Garcia)

Dentre outras novidades na lista de equipamentos. A chave passa a ser do tipo presencial e o painel de instrumentos digital (que já era bom) ganha um novo formato e botões de operação no punho esquerdo, o que facilitou o acesso a informações do computador de bordo, vale ressaltar que a visualização pelo piloto é ótima seja qual for a luminosidade do sol. Uma tomada 12V foi instalada no lado esquerdo da carenagem dianteira, que ganhou um novo pára-brisa.

Painel que já era bom, melhorou e oferece todas as informações necessárias ao piloto, agora com acesso pelo punho
Painel que já era bom, melhorou e oferece todas as informações necessárias ao piloto, agora com acesso pelo punho Painel que já era bom, melhorou e oferece todas as informações necessárias ao piloto, agora com acesso pelo punho (Foto: André Garcia)

Nota: Louvável acessar as informações do painel por meio de botão no punho esquerdo, mas podia ser mais ergonômico. Explico: se o botão de acesso ao painel está no dedo indicador onde, na minha opinião, devia ser o lampejador de farol alto, muito mais utilizável durante a pilotagem, sendo necessário o polegar que é o principal dedo para dar a firmeza ao guidão ser acionado para lampejar farol alto.

André Garcia durante lançamento em 2016. NMAX continua ágil, segura e econômica
André Garcia durante lançamento em 2016. NMAX continua ágil, segura e econômica André Garcia durante lançamento em 2016. NMAX continua ágil, segura e econômica (Foto: Gustavo Epifânio)

As mudanças do NMAX 160 ABS trouxe mais praticidade e segurança, já que ganhou também pisca-alerta, continua sobrando no trânsito, é sem dúvidas o modelo abaixo de 250cc mais ágil, rápido e seguro da categoria, na humilde opinião de um instrutor de pilotagem e consultor de segurança viária, sendo possível incursões fora de seu habitat (entenda rodovia) devido ao VVA (explicado lá em 2018) que dá aquele algo a mais, por isso é minha indicação para novatos e experientes para abandonar a aglomeração do transporte público, mesmo porque sua concorrente direta, continua sem ABS na roda traseira, além de ser vista só pelo retrovisor.

Mais informações acesse o texto de lançamento ou vá no site da Yamaha

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