NMax 160ABS tem DNA T-Max e modelo 2018 foi aperfeiçoado
Alternativa de mobilidade urbana oferece segurança e se tornou o primeiro modelo abaixo de 250cc com sistema ABS de série
Moto Segurança e Trânsito|André Garcia, do R7
NMax tem genética da irmã T-Max
A busca pelo deslocamento nos grandes centros urbanos com mais agilidade e segurança é incontestável entre pessoas comuns. Tema que se discute todos os dias e que é conhecido por todos como “Mobilidade Urbana”.
Se na Europa o scooter é uma realidade, no Brasil começa a crescer e o mais interessante, além da migração dos usuários de transporte público e de automóveis, mesmo quem usa moto, especialmente a utilitária, descobriu que o scooter, além de mais fácil em pilotar dado o CVT, também é muito mais barato para manter, vide a desnecessidade de lubrificar e ajustar relação (conjunto formado pela coroa, pinhão e corrente).
A Yamaha em 2000 lançou a primeira geração do T-Max, um scooter com conceito de uso urbano e rodoviário e quando falo rodoviário, na Europa ela foi pensada para rodar nas velozes “Autobans” da Alemanha. Com isso, surgiu o que o mercado denomina “Maxi-scooter”, todavia, a fabricante dos diapasões criou o que mercado consumidor e imprensa especializada mundial clama como o melhor scooter do mundo, costumo brincar que é uma esportiva “travecado” de scooter.
Criado esse novo DNA, a Yamaha vem desenvolvendo scooter´s com essa genética: ciclística irrepreensível, motores com grande aproveitamento energético e cada vez menos poluentes, poder de frenagem um degrau ou mais acima da concorrência dotado do sistema ABS (evita a travagem das rodas).
E eis que em 2016 foi apresentado ao mercado brasileiro o scooter NMax 160 ABS, lembro que vinha de uma série de eventos e palestras em indústrias com o grave problema de acidente de trabalho “in itinere”, tema que me agraciou com o Prêmio ABRACICLO de Jornalismo em 2013, click aqui para ler.
Quando a Yamaha informou o lançamento, eu tive uma espécie de espasmos nos lábios, não conseguia parar de sorrir, porque toda aquela carga de trabalho com técnicos de segurança do trabalho me veio a mente: p@@#$% finalmente um veículo de baixa cilindrada com sistema ABS independente.
Fui para pista e fiz de tudo para cair. Acredite, eu estava equipado, tinha socorro imediato e fiz de tudo para cair com essa p@#$%...freei errado inclinado, em curvas, quando o protocolo de segurança fala: “não faça isso”...eu fiz.
Quando cheguei no box, um diretor do fabricante me abordou e indagou para saber a experiência e falei: “fiz de tudo para cair. Vocês estão de parabéns!”.
Faltou o teste nas ruas, seu verdadeiro habitat e é verdade, faltou tempo, dado a outros compromissos, mas não deixava de acompanhar os relatos dos consumidores nas redes sociais.
Sabendo que o modelo 2018 sofreria pequenas alterações, pedi o modelo 2017 para a Yamaha e rodei cerca de 750km.
Nesses 750 km, constatei que o banco era liso em dias de chuva, o pneu no seco é bom, mas na chuva é ruim e o amortecedor traseiro, não que fosse ruim, mas não era progressivo, tinha um acerto mais esportivo.
O que me chamou atenção, foi o fato de não me dar dores lombares, como acontece com todas os scooter´s que já pilotei com exceção da Yamaha T-Max (leia sobre ela clicando aqui, Suzuki Burgman 650 e BMW C600 Sport (click aqui para ler)
Outra característica que me chamou muito atenção, foi a pilotagem com garupa: a NMax 160 ABS não fica arreada como as demais scooter´s da categoria, dando aquela sensação da frente boba ou leve por demais e mesmo com garupa, o tal amortecedor mais duro e que por vezes, bem raramente é verdade, dava final de curso, não ia para minha coluna.
Ai, eu que não sou adepto a motoneta, vulgo scooter, comecei a pensar: por que não??
A gota d´água foi quando precisei levar meu filho em SBCampo na FEI. Quem me acompanha sabe o que penso sobre veículo de baixa cilindrada em vias rápidas, especialmente, quando essas vias se tratam de rodovias.
Chuva, ventos fortes, com garupa e em plena Via Anchieta cujo limite de velocidade é de 90Km/h e em alguns trechos de 70km/h, fiquei pasmo em manter os 80km/h e o diabo do scooter não estar esgoelando, já no seu limite. Conseguia ultrapassar, conseguia trafegar com segurança...Lembrei de um comercial que pedia ao consumidor rever seus conceitos.
Recordei do lançamento e da fantástica aula do Sr. Bombom, sim é o apelido do cara que treina toda rede da Yamaha.
E aqui cabe uma explicação do porque um veículo de baixa cilindrada tem tal característica, aliás, grande característica de em alta velocidade não esgoelar (como dizemos no mundo de duas rodas) ter um “pelo” a mais que resulta em maior segurança.
O responsável disso é o VVA - (Variable Valve Actuation), sistema de controle de abertura variável de válvulas que proporciona torque em baixa velocidade e potência em média e alta velocidade, estas duas últimas exatamente o que falta nos veículos de baixa cilindrada e que por isso coloca o usuário em risco nas rodovias, como vejo todos os dias nas empresas com engenheiros e técnicos de segurança do trabalho. Se quiser ler mais sobre o VVA, vá no texto de lançamento clicando aqui e aprecie outros dados técnicos com o DIASIL, o deslocamento do cilindro..., capacidade de guardar um capacete fechado sob o banco, ... está tudo lá.
Na prática o que acontece é o seguinte: você está na rodovia a 90 km/h, precisa ultrapassar um caminhão. Se você estiver em um veículo de baixa cilindrada dotado de câmbio, em 5ª marcha não tem o que fazer porque já está no limite de performance do produto, reduzir não vai ajudar, muito pelo contrário, vai diminuir a velocidade e estrangular ainda mais, embalar te coloca em risco, e se o veículo for com CVT, muito provavelmente você já estará com acelerador todo aberto e mesmo que esteja 3/4 aberto, vai faltar força.
Com a NMAX, graças ao VVA, você estará com 3/4 do acelerador aberto, talvez até dependendo do terreno em 2/4 e quando der mão, quando acelerar, a velocidade vai crescer de maneira a ultrapassar o gigante de maneira rápida e o que é incrível: com excelente estabilidade.
Quando a Yamaha me mandou o modelo 2018 e entreguei a 2017, ao descer a rampa da garagem de meu condomínio, já passava das 19 horas, liguei para o assessor de imprensa e disse: a suspensão traseira está resolvido, pode vir buscar.
Brincadeiras a parte, ao montar no modelo 2018 e descer a rampa da garagem, de cara percebi o banco mais ergonômico, com melhor aderência e a suspensão traseira mais confortável dado a melhor calibração, resultando em uma progressividade perfeita ou beirando a perfeição para um veículo da categoria com ou sem garupa.
Eis que o modelo 2018 veio com 0km no odômetro e precisei amaciar e já com a certeza absoluta da segurança que o scooter me passava, realizei uma verdadeira via sacra para alcançar os 1000km, afinal antes de colocá-la a prova na mão de um consumidor proprietário do modelo 2017, grande crítico a suspensão traseira, chato como eu e pior, também advogado, era necessário ela estar com os freios em perfeito funcionamento, pneus sem cera e motor mais rodado.
Além de rodar todos os dias, em toda região metropolitana, bolei um percurso indo de São Paulo à Santos, de Santos à Mogi das Cruzes pela Mogi-Bertioga e retornando para São Paulo via Ayrton Senna, cuja velocidade máxima é de 120 km/h.
Redundante falar que enfrentei veículos pesados, via íngreme e ciente do que tinha nas mãos, jamais me vi em situação de risco como em 2007 em um passeio em grupo, todos com baixa cilindrada e eu com uma 250cc (era o ferrolho), em plena Anhanguera ficamos entre um caminhão com carreta três eixos que não diminuía a velocidade de 85/90 km/h e um Golf, literalmente, lambendo minha traseira querendo ultrapassar. Diante da impossibilidade das motos e scooter´s passarem o caminhão, passei todos e tive que eu ir para frente do caminhão na faixa da direita, com os braços, sinalizando e pedindo para o motorista reduzir a velocidade para que todos saíssem daquele drama. Se cada moto ou scooter tivesse o sistema VVA, nessa velocidade, não tínhamos passado por tal perrengue.
A própria Yamaha tem a grandeza ética de afirmar quais os produtos para uso urbano, mas no Brasil temos cidades como São José dos Campos cortada por uma Dutra com pesados caminhões a 90km/h, ou Diadema cortada por uma Imigrantes com a mesma característica e motos utilitárias e motonetas nessa velocidade já estão, como já disse, no limite de sua performance, além da estabilidade já bem comprometida.
Não estou falando que a NMax seja para uso rodoviário, ou viajar para o Ushuaia, mas sua utilização em grandes regiões metropolitanas como São Paulo, Itajaí e Campinas, só a título de exemplo, cortadas por rápidas rodovias com grande fluxo de caminhões, é sim possível ter segurança com esse scooter, dado três grandes e diferenciais características: ciclística excelente, motorização que com o sistema VVA dá aquele algo a mais e freios que estão muito acima da concorrência nesse segmento abaixo de 250cc. Vale lembrar que a diferença de 13 polegadas para 14 polegadas na roda dianteira é nada, especialmente quando a roda de 13 polegadas estiver calçada com um pneu bem gorducho, um dos segredos da NMax se dar bem nas onduladas e esburacadas ruas de São Paulo.
Credibilidade é algo que leva anos a se construir e se perde em segundos e aqui não é só mais uma avaliação ou teste como gostam de mencionar, é um testemunho que faço de coração, por amar minha atuação em segurança viária: faça um testdrive. Desde o lançamento da NMax 160 ABS mesmo com outro fabricante me apoiando nos eventos de segurança que realizo, quando falo de produtos (naked, custom, trail…) quando chega em motoneta, menciono e indico a NMax.
Tenho recebido muitas indagações sobre diferenças de sistemas de freios, especialmente em relação ao “freio combinado” e a questão de estar pagando consórcio de um produto e quase que ser obrigado a adquirir aquilo que já é obsoleto. E quais pneus recomendo.
Começando pelos pneus, eu gosto do Diablo Scooter e indagado por leitores, enviei e-mail a Pirelli em agosto de 2016 que me respondeu: “Boa tarde André, como vai? O Diablo Scooter estará disponível nas revendas brasileiras no começo de 2017. Obrigado, Cadu Tupy”. Se comprar uma NMax, a única coisa que faço é trocar os pneus.
Quanto ao sistema de frenagem, recomendo a leitura deste texto: “Diferenças dos Sistemas Combinado e ABS de frenagem: qual é melhor ou pior?” clicando aqui.
E quanto ao consórcio (considero o melhor meio para aquisição de qualquer bem) independente do produto que você paga, você consumidor pode adquirir o que quiser com o crédito que é seu. Atente para as questões 18 e 19 do Banco Central, clicando aqui. Ahh.. mas o consórcio fala que se eu comprar o produto deles o crédito sai rápido ou ahhh está demorando para liberar o crédito. Amigão ou amigona: use os canais do Banco Central e da Ouvidoria do Ministério Público. Brasileiro precisa ser cidadão e não ser obrigado a nada. Só no Banco Central do Brasil uma reclamação procedente gera milhões de reais em multa a instituição financeira condenada. #ficaadica. Leia mais no blog da ABAC (Associação Brasileira de Administradores de Consórcio) clicando aqui
Por fim, a NMax 160 ABS: freia muito, acelera e mantém a velocidade muito bem, tem boa estabilidade mesmo em rodovia com fortes ventos, excelente ergonomia podendo pilotar com as pernas esticadas ou dobradas, com ou sem garupa sem interferir na pilotagem. e muito econômica, leia no fim do texto minha dica para pilotar NMax gerando economia.
Nem tudo é perfeito. Fica a sugestão de melhoria a Yamaha: trocar os pneus, já que na condição de chuva, o que vem de fábrica não é o ideal, colocar o lampejador de farol alto para ser acionado pelo dedo indicador esquerdo e o atual botão de luz alta para acionar o completo painel digital que é possível sua leitura em qualquer circunstância (chuva, sol a pico ou à noite).
Ficha técnica, cores e preçoclick aqui
Agradeço a Diamar pelo empréstimo da NMax 2017 para realização da avaliação dos leitores que aparecem no vídeo e a Yamaha por ter disposto de mais tempo no comodato com o produto para melhor avaliação.
Agradeço e um abraço especial ao Dr. Eduardo, vulgo 62, e ao Bruno pela participação e paciência com a exigência da pauta.
Gerando Economia com a NMax 160 ABS
Muitos leitores que me acompanham nas redes sociais me perguntaram como conseguia tais autonomias.
Para quem já assistiu minhas palestras, vai lembrar que sempre recomendo ler o MANUAL DO USUÁRIO.
Lá, no caso da NMax o fabricante pede para oscilar a velocidade e rotação do motor em fase de amaciamento.
Acontece que eu percebi que para você atingir qualquer velocidade, você não deve fazê-lo acelerando de uma vez. Por exemplo: quer chegar nos 60km/h, sai acelerando quando o “ECO” desligar, você alivia e volta a acelerar. Faça isso até atingir a velocidade almejada. E repita o procedimento sempre para manter a velocidade. Você estará usando todo mecanismo do scooter. Ahhhh!!! mas se ficar olhando o painel vou bater. Use sua visão periférica e não tire o olho do tráfego. A oscilação de aceleração atrelado a velocidade faz uma diferença enorme para economizar combustível. Se precisar, marcamos um café que eu mostro.
Album de fotos, click aqui
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