O deputado federal Capitão Wagner (Pros-CE) defendeu a atuação dos policiais militares no motim que culminou com o senador Cid Gomes (PDT-CE) baleado. “Ele (Cid Gomes) estava errado, sem dúvida nenhuma. A atitude dele não foi atitude de senador, de autoridade, muito menos de cidadão”, afirma.
Gomes participou, na tarde desta quarta-feira (20), de um protesto para tentar um acordo com os policiais militares em greve na cidade de Sobral (230 km de Fortaleza). Na ocasião, o senador licenciado manobrou uma retroescavadeira em direção a agentes de segurança que bloqueavam a entrada ao batalhão da Polícia Militar. No momento em que ele avançava, tiros de arma de fogo disparados atingiram o senador. O parlamentar, contudo, passa bem e foi transferido nesta quinta-feira (20) para Fortaleza.
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“Se alguém não parasse o senador, ele teria passado por cima de dezenas de pessoas. O vídeo está claro e mostra isso”, argumenta Wagner. Segundo o deputado federal, “não havia nenhuma determinação judicial nem legitimidade de usar a retroescavadeira daquela forma”.
Os PMS reivindicam aumento salarial. “O governo ofereceu reajuste diferenciado, de 32% para coronel e 12%, sargento, dividido em três vezes”, conta. “A categoria não tem reajuste há pelo menos cinco anos. O que foi apresentado pelo governo contempla de forma diferente, não é um tratamento isonômico”, diz.
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Com a escalada da tensão entre a categoria e o governo do Estado, Wagner reconhece, porém, que os dois lados “devem ceder”. Uma comitiva de senadores rumo a Fortaleza deve, segundo ele, “amenizar a situação”. O intuito do encontro dos parlamentares com o governador, Camilo Santana (PT), é justamente abrir o canal de diálogo e, assim, encerrar a greve.
Assista ao momento em que Cid Gomes é baleado em Sobral (CE):