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Hamilton Mourão diz que suspensão da Coronavac é 'correta'

Vice-presidente comentou a paralisação dos estudos técnicos da vacina e as declarações dadas pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça (10)

R7 Planalto|Daniela Matos, da Record TV, com Plínio Aguiar, do R7

Na imagem, Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro
Na imagem, Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro Na imagem, Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta quarta-feira (11) que avalia como correta a suspensão dos estudos técnicos da Coronavac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

“O episódio da vacina, eu acho, na minha visão, que a Anvisa tomou uma atitude correta dentro da responsabilidade dela. No Exército, a gente tem uma doutrina muito clara: toda vez que acontece alguma coisa, a gente tem que esclarecer a situação. Esclarecida a situação, se toma a decisão”, afirmou Mourão.

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“Uma vez que se esclarecer que realmente o rapaz cometeu suicídio e que o suicídio não tem nada a ver, retoma-se os testes, como aconteceu com a outra (vacina) de Oxford”, acrescentou.

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Mourão disse, também, que a paralisação dos estudos da Coronavac “é uma coisa normal no processo de você descobrir uma nova forma de tratar uma doença”.

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“O que não pode é politizar, infelizmente vocês sabem que aí tá sendo politizado e fica aí o lado A e o lado B, e eu acho que isso não é bom”. Questionado se Bolsonaro politizou o imunizante, Mourão respondeu que “não comenta coisa do presidente”. “Eu sou vice-presidente e existe uma relação de ética e lealdade. Eu não cruzo essa linha”, afirmou.

A Coronavac teve os estudos técnicos suspensos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última segunda-feira (9). O órgão interrompeu o imunizante por causa de um 'evento adverso grave'. Mais tarde, descobriu-se que se tratava de uma morte - no entanto, o óbito não é relacionado com a eventual aplicação da vacina e, sim, como suicídio. Com a suspensão, Bolsonaro disse que 'ganhou' de João Doria (PSDB), governador de São Paulo.

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Bolsonaro

Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) que é preciso enfrentar a pandemia do novo coronavírus de “peito aberto” e que o Brasil tem de deixar de ser “um país de maricas”, numa referência pejorativa ao receio com a covid-19, que já matou mais de 162 mil e infectou 5,67 milhões de pessoas.

“Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia... Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô”, disse o presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, para acrescentar em seguida: “Olha que prato cheio para a imprensa, prato cheio para a urubuzada que está ali atrás.”

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Em relação as declarações de Bolsonaro, Mourão disse que ‘não comenta’, rechaçou as críticas de que teria sustado o contato com o presidente e avaliou como ‘figura retórica’ as afirmações do chefe do Executivo brasileiro.

Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última terça-feira (10) estar ‘bastante frustrado’ com o fato de o governo Jair Bolsonaro não ter conseguido vender uma estatal em dois anos de mandato. Mourão, por sua vez, concordou com o titular.

“Era um dos nossos carros chefes e nós estamos chegando ao final do segundo ano de governo e não conseguimos avançar nessa agenda. Concordo com ele. É uma frustração, a gente tem dois anos pra buscar avançar em alguma coisa nisso aí”, disse.

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