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Metade dos idosos enfrenta problemas para pagar as contas

Pesquisa mostra impacto da falta de planejamento financeiro e de preparo para a vida após a aposentadoria

Renda Extra|Do R7

Dificuldade de pagar as contas cresceu 17 pontos percentuais entre os idosos em 3 anos
Dificuldade de pagar as contas cresceu 17 pontos percentuais entre os idosos em 3 anos Dificuldade de pagar as contas cresceu 17 pontos percentuais entre os idosos em 3 anos

Mais da metade (54%) dos idosos relatam que deixaram de pagar ou pagaram com atraso alguma despesa nos últimos seis meses, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (6), pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

O número equivale a um aumento de 17 pontos percentuais com relação ao mesmo levantamento realizado em 2018. O resultado evidencia o impacto da falta de planejamento financeiro e de preparo para a vida após a aposentadoria na manutenção do padrão de vida.

Entre os principais motivos que impossibilitaram o pagamento ou geraram o atraso das contas estão a diminuição da renda (31%), a falta de planejamento dos gastos (14%) e a redução da renda de algum familiar (10%). As principais contas em atraso destacadas pelos idosos entrevistados foram luz (24%), cartão de crédito (20%), água (17%) e IPTU (15%).

O presidente da CNDL, José César da Costa, aponta que os dados refletem um novo cenário com o aumento da expectativa de vida no Brasil e a dificuldade do brasileiro em se organizar para o futuro.

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"Muitas vezes, que os idosos não se prepararam para este momento e os ganhos com a aposentadoria acabam não sendo suficientes para manter o padrão de vida desejado. Para boa parte da população, ainda é um grande desafio manter uma reserva para esse momento da vida onde normalmente a renda cai e os gastos com saúde aumentam”, afirma Costa.

O estudo mostra ainda que 49% dos idosos relatam que não possuem recursos guardados, enquanto 39% possuem, sendo que 31% mantêm as reservas para imprevistos, 8% para a realização de sonhos e 6% para a aposentadoria.

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Para 63% dos que não têm reservas, a justificativa é de que nunca sobrou dinheiro. Outras citações foram a pouca sobra de dinheiro e a descrença de poder juntar um bom valor a longo prazo (26%), o gasto da reserva financeira que possuía (19%) e a falta de disciplina para juntar dinheiro (17%). Já entre os que têm uma reserva financeira, 33% estão utilizando os recursos e 47% não estão utilizando agora, mas já utilizaram em algum momento, enquanto 19% nunca utilizaram.

Padrão de vida

A pesquisa mostra ainda que 42% dos idosos avaliam que o padrão de vida está pior hoje do que quando tinha 40 anos. Para 31%, a situação melhorou. Os demais 21% afirmam que a situação está igual.

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Segundo o estudo, 33% dos entrevistados satisfazem mal ou muito mal as suas necessidades com a renda própria ou familiar, 31% declaram que essa renda é a conta certa e 32% dizem satisfazer bem ou muito bem. 

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Entre os principais gastos mensais apontados pelos idosos, 76% mencionaram a alimentação, 71% as contas básicas, 58% remédios, telefonia e TV por assinatura e internet (51%). 

“Construir uma reserva financeira é a garantia de que a pessoa terá meios para lidar com os diversos imprevistos que podem surgir no futuro e cuidar bem da saúde, aliás, não somente os idosos, mas independentemente da idade, todos estamos sujeitos a problemas e precisamos ter um dinheiro guardado”, aponta Costa.

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