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Após primeira noite em presídio, mulher de Cabral come pão com manteiga no café da manhã

Segundo a Seap, ex-primeira dama já está uniformizada e recebeu apenas kit de higiene

Rio de Janeiro|Da Rede Record


Adriana Ancelmo se entregou ontem na 7ª Vara Federal Criminal
Adriana Ancelmo se entregou ontem na 7ª Vara Federal Criminal

A ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, dormiu sozinha em uma cela no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. Segundo a Seap, Ancelmo ficou sozinha na cela porque, como a unidade prisional tem nove celas para presas com curso superior, mas apenas sete detentas, não houve necessidade de colocá-la junto de outras presas. Pela manhã, ela recebeu o café da manhã com pão com manteiga e café preto.

Ancelmo também recebeu o uniforme, composto de uma camiseta branca e uma calça, além de um kit de higiene, com um sabonete, uma escova e um creme dental. Ela foi encaminhada na noite de terça-feira (6) para o Complexo Penitenciário de Gericinó. Segundo a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), a porta de entrada das unidades femininas é a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza. Por volta das 21h30, ela já havia dado entrada no sistema prisional.

Após ter a prisão preventiva decretada, Ancelmo se apresentou por volta das 16h40 à 7ª Vara Federal Criminal, no centro da capital fluminense. Em seguida, ela foi levada à Superintendência da Polícia Federal do Rio e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, na Leopoldina (centro).

Assista ao vídeo:

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Ancelmo, que se tornou ré em processo de lavagem de ativos e organização criminosa, se entregou acompanhada de seus advogados. A prisão preventiva da advogada Adriana Ancelmo foi decretada pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que aceitou denúncia contra ela e Cabral.

Leia também: Mulher de Cabral é suspeita de envolvimento em esquema de lavagem que movimentou R$ 6,5 mi em compra de joias

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O magistrado também determinou novo mandado de busca e apreensão na casa Ancelmo. O juiz cita no despacho que, segundo o MPF, o aprofundamento das investigações revelou que Ancelmo "ocuparia posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido, Sérgio Cabral".

Ainda de acordo com as investigações, a mulher de Cabral seria "uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por seu marido, valendo-se para tal de seu escritório de advocacia, bem como que teria adquirido ilegalmente verdadeira fortuna em joias de altíssimo valor".

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O juiz afirma, com base nas investigações do MPF, que a participação criminosa de Ancelmo se dava após a prática de atos de corrupção de Cabral e de outros acusados. Segundo Bretas, "Ancelmo estaria usando sua condição de advogada e a estrutura de seu escritório de advocacia para propiciar o recebimento de valores espúrios pela organização criminosa descrita pelos investigadores".

Ela é suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro de supostas propinas pagas por empreiteiras a Sérgio Cabral em obras no Estado. O MPF (Ministério Público Federal) investiga compra, em dinheiro vivo, de joias pelo casal.

O ex-governador está preso desde 17 de novembro, por determinação do mesmo juiz federal que mandou prender Adriana Ancelmo. Na ocasião, o MPF já havia pedido a prisão de Ancelmo, mas ela havia sido negada.

O desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro tem documentos que indicam que o casal adquiriu mais de 400 joias de uma única grife sem nota fiscal. A soma desses bens chega a R$ 5,7 milhões. As aquisições foram feitas em dinheiro vivo.

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