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Funcionário da CSN denuncia negligências da empresa no RJ

Empregado, que preferiu não se identificar, afirma que companhia não implementou distanciamento mínimo de 1,5 m, em Itaguaí

Rio de Janeiro|Do R7


Unidade de Itaguaí é alvo de denúncias por funcionários
Unidade de Itaguaí é alvo de denúncias por funcionários

Um funcionário da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) Sepetiba Tecon, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, afirma que a companhia age com negligência em ações de prevenção do novo coronavírus. Em denúncia ao R7, o trabalhador, que preferiu não se identificar por medo de retaliação, declarou que não há distanciamento mínimo de 1,5 m entre pessoal nos setores da empresa.

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O empregado, que chamaremos de Marcos, afirma que a empresa entregou três máscaras para cada funcionário apenas no final de abril, mais de um mês depois da OMS (Organização Mundial de Saúde) classificar a covid-19 como pandemia. Segundo a denúncia, o EPI (equipamento de proteção individual) tem tamanho inadequado para parte do plantel da companhia.

“Eu não consigo usar [as máscaras] porque não cabem no meu rosto, pois são muito grandes e sobra pano. Muita gente também não usa pelo mesmo motivo”, afirmou Marcos, que procurou o site após apresentar sintomas da covid-19 como febre e dor no corpo.


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Ainda em relatos ao R7, o funcionário afirmou que há setores em que mais da metade das equipes estão afastadas com sintomas da covid-19. A companhia também não teria notificado os empregados sobre baixas de colegas que estariam com a doença.

“Quando surgiram os primeiros casos virou uma política da empresa - não diretamente - não comentar sobre. A gente simplesmente via as pessoas sumindo e não sabia se a pessoa estava com covid-19, doente ou se tinha morrido. A pessoa simplesmente sumia e não podia falar sobre isso por receio.”


Se nas estações de trabalho não houve mudança para respeitar o distanciamento, no refeitório, utilizado coletivamente por diferentes setores, foi estabelecida uma norma de intervalo de um assento entre cada empregado. Entretanto, Marcos afirma que as pessoas sentam uma de frente para as outras em um momento no qual estão sem máscara, aumentando assim as chances de contágio.

“Não há escala de horário de almoço, continua na mesma. A única coisa que mudou foi que era self-service e agora são quentinhas, mas foi porque a empresa terceirizada que tirou os funcionários e disse que só entregaria quentinhas.”


Marcos explica que há poucos dias a CSN Sepetiba Tecon começou a realizar exames nos funcionários que apresentam os sintomas ou são próximos às pessoas que testaram positivo. Porém, para realizar o exame, até mesmo os sintomáticos precisam voltar à sede da empresa, o que perigosamente pode aumentar a cadeia de contágio na companhia.

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“A gente está trabalhando normalmente. Não há restrição, horário reduzido ou escalonamento. Não teve posicionamento ou anúncio da empresa de quantos funcionários estão doentes ou morreram, só correm os boatos. A gente não sabe quantos estão [doentes], se é alguém do meu lado ou se trabalha comigo. A gente só vê as pessoas sumindo.”

O R7 procurou a CSN para se pronunciar sobre as denúncias, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. O site mantém espaço aberto para manifestação da companhia.

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