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Militares envolvidos em fuzilamento no Rio serão soltos nesta sexta

"Tenho dúvidas se o mesmo ocorreria com um loiro em Ipanema", disse a ministra do STM Maria Elizabeth, única que voltou contra a soltura

Rio de Janeiro|

Carro foi atingido por 80 dos 257 tiros disparados
Carro foi atingido por 80 dos 257 tiros disparados Carro foi atingido por 80 dos 257 tiros disparados

Militares envolvidos na morte do músico Evaldo dos Santos Rosa e do catador de materiais recicláveis Luciano Macedo serão soltos na manhã desta sexta-feira (24), no Rio de Janeiro.

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Na noite desta quinta-feira, 23, o STM (Superior Tribunal Militar), em Brasília, decidiu conceder liberdade a nove dos 12 militares que participaram da ação em 7 de abril, em Guadalupe, na zona norte da capital. Os outros três militares já haviam sido libertados por ordem da Justiça e respondem ao processo em liberdade.

O músico seguia com a família para um chá de bebê quando o seu carro foi alvejado por mais de 80 tiros disparados por um grupamento militar que, supostamente, teria confundido o veículo com o de bandidos. Segundo laudos técnicos, foram disparados 257 tiros na ação.

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Evaldo morreu no fuzilamento, mas seus parentes conseguiram escapar. Luciano, que estava nas proximidades e tentou ajudar a família, acabou sendo também baleado e morreu dias depois. Os militares respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.

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O STM é formado por 15 ministros: quatro do Exército, três da Marinha, três da Aeronáutica e cinco civis. O presidente do Tribunal só vota em caso de empate. Isso não foi necessário neste caso. Apenas a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, a única mulher na corte, votou pela manutenção da prisão dos nove militares.

Em seu voto, ela afirmou: "quando um negro pobre no subúrbio do Rio de Janeiro é confundido com um assaltante, tenho dúvidas se o mesmo ocorreria com um loiro em Ipanema, vestindo uma camisa Hugo Boss."

Assista: Advogado criminalista explica decisão da Justiça em libertar nove militares não indica absolvição

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