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"Falaram que era bandido", diz irmã de vítima fuzilada pelo Exército 

Evaldo Rosa dos Santos morreu após carro em que estava com a família ter sido alvejado por cerca de 80 tiros em um ação militar na zona oeste do Rio 

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV

Perícia encontrou mais de 80 marcas de tiros
Perícia encontrou mais de 80 marcas de tiros

A família de Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morto ao ter o carro fuzilado em uma ação do Exército, em Guadalupe, zona oeste do Rio de Janeiro, negou, nesta segunda-feira (8), a versão de que o rapaz teria trocado tiros com militares.

Muito emocionada, Jane Maria contou que o irmão trabalhava como segurança e ainda tocava em uma banda. "Ele era muito amigo. Falaram que ele era bandido, mas não é nada disso. Só quero justiça. Quem fez [isso] tem que pagar".

Em uma primeira nota oficial, o CML (Comando Militar do Leste) informou que havia reagido a uma "injusta agressão" durante um assalto em andamento nas imediações do Piscinão de Deodoro. No entanto, em seguida, afirmou que uma apuração preliminar vai ouvir militares e testemunhas envolvidas no caso. O Ministério Público Militar irá supervisionar os depoimentos.

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O carro de Evaldo foi alvejado por mais de 80 tiros em uma área que fica próxima à Vila Militar no domingo (7). A esposa e o filho de 7 anos estavam no veículo, mas nada sofreram. Ferido, o sogro foi socorrido ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde está internado com quadro de saúde estável .

Em desespero, após o ocorrido, a mulher de Evaldo, Luciana Santos, questionou a ação dos militares. “O que eu vou falar para o meu filho apaixonado pelo pai? Minha vida acabou. Por que eles fizeram isso? Ele tinha saído para me levar a uma festa e depois voltaria para trabalhar. A gente não devia ter saído de casa.”

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