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MP-RJ denuncia suspeitos de matar jovem por publicação em rede social

Sete pessoas foram apontadas pelo Ministério Público do Rio como responsáveis pela morte de Helen Alves de Oliveira, em março de 2018

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Agência Brasil e RecordTV Rio

Helen foi morta no início de março deste ano
Helen foi morta no início de março deste ano Helen foi morta no início de março deste ano

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) denunciou, na última quarta-feira (21), seis homens e uma mulher por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Helen Alves de Oliveira, em março de 2018, no bairro do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.

A motivação para o crime teria sido uma postagem de Helen contra o tráfico de drogas e uma de suas redes sociais. De acordo com o MP-RJ, os suspeitos sequestraram, torturaram, esquartejaram, queimaram e ocultaram os restos mortais da vítima.

O promotor do caso, Sauvei Lai, destacou que as ordens para o assassinato de Helen foram dadas por “Bob do Caju”, preso há um ano após uma operação do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio.

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“Ela postou um comentário na rede social contra os traficantes e a favor da intervenção policial naquela localidade. Em menos de dois dias, essa postagem foi divulgada nos grupos de WhatsApp da comunidade e chegou ao conhecimento do ‘dono’ da favela do Caju. Ele estava preso e, dentro da cadeia, recebeu a postagem e ordenou a morte de Helen”, disse Lai.

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Em entrevista à RecordTV, Lai revelou que os suspeitos do crime avisaram a família da vítima do assassinato e ameaçaram testemunhas que denunciaram o caso à Polícia.

“Os familiares não voltaram mais à comunidade. E pior: as duas principais testemunhas, que deram o depoimento inicial à delegacia, não compareceram mais para depor. Inclusive, ligaram para a delegacia dizendo que já tinham saído da comunidade e não quiseram mais prestar depoimento”, contou Lai.

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O MP-RJ pediu a prisão preventiva dos sete denunciados à Justiça do Rio. “Isso aconteceu por causa de um simples comentário na internet. E só mostra que não existe liberdade de expressão nem democracia nesses locais, dominados pela criminalidade”, concluiu Lai.

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Os denunciados pelo MP-RJ poderão cumprir até 33 anos de reclusão.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Diego Junqueira

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