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MPRJ cumpre mandados de busca contra policiais envolvidos na ação que matou adolescente de 13 anos

Thiago Flausino estava em uma moto quando foi baleado durante uma operação da Polícia Militar na Cidade de Deus

Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7


Thiago Menezes Flausino, de 13 anos
Thiago Menezes Flausino, de 13 anos

O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) realizou uma operação para cumprir cinco mandados de busca e apreensão em endereços e nos batalhões onde estão lotados os policiais envolvidos na ação que matou o adolescente Thiago Flausino, de 13 anos. O incidente ocorreu na madrugada do último dia 7, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio.

A operação realizada na manhã desta terça-feira (29) contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar. As buscas foram feitas em endereços nos bairros de Bangu e Taquara, na zona oeste, Tijuca e Olaria, zona norte, e em Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Relembre o caso

Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, estava na garupa de uma moto quando foi atingido por cerca de cinco disparos durante uma operação da Polícia Militar na comunidade. A família acusa os PMs de terem disparado contra o menino.

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"Uma criança de 13 anos, com corpo de 13 anos. O Thiago não oferecia perigo para ninguém, inofensivo. Ele era estudante, não era envolvido com o tráfico, não era envolvido com drogas e não estava armado. Thiago estava curtindo o domingo dele com amigos, passeando. E, infelizmente, sofreu essa brutalidade. Ele levou vários tiros pelo corpo, pela perna, pelas costas. Ele era uma criança pequenininha, uma criança", declarou a tia do jovem.

De acordo com os relatos, o adolescente era muito querido na comunidade e tinha o sonho de ser jogador de futebol. Ele era aluno do projeto social Canelinhas Futebol Clube.

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No último dia 19, familiares, amigos, moradores da Cidade de Deus, artistas e apoiadores realizaram um protesto pedindo justiça pela morte de Thiago em Copacabana, na zona sul. “É uma forma de chamar a atenção do governo, que até agora não esclareceu nada. Se a gente fizesse isso na nossa comunidade, a gente ia estar entre tiros de borracha, tiro de bomba e outros tiros. Hoje, a gente está aqui atrás de justiça”, disse o pai do menino, Diogo Flausino.

Os policiais que estavam na operação foram transferidos de unidade e afastados do serviço provisoriamente, até a conclusão das investigações. Quatro agentes foram indiciados por fraude processual, omissão de socorro e descumprimento de missão.

*Sob a supervisão de PH Rosa

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