Museu Nacional inicia obras de restauração de fachadas e telhados
Atingido por grande incêndio em 2018, edifício deve ser reinaugurado com novas exposições em 2026
Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*
![Obras devem ser realizadas em etapas](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4RH4UANKBRKZZCJLZDJLOB3SXU.jpg?auth=4a486da490ae363f825b4e266ad14f63f955831719b689d945edb52ba9addf77&width=1024&height=683)
Começaram nesta sexta-feira (12) as obras de restauração de fachadas e telhados do Museu Nacional, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro. O início da revitalização foi marcado por uma cerimônia realizada na sede do museu, na Quinta da Boa Vista.
Planejada para ocorrer em etapas, a obra se inicia pelo bloco histórico do Paço de São Cristóvão, que ainda conserva elementos arquitetônicos do período imperial. Entre os itens do acervo desse setor está o meteorito de Bendegó, o maior já encontrado no Brasil.
O prédio, tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ganhará novas portas e janelas, além de sistemas de proteção contra descargas elétricas nos telhados. As esculturas do topo do museu também serão restauradas nesta fase da obra.
“Este é um dia maravilhoso para nossa instituição e toda a sociedade brasileira. Muito nos orgulha iniciarmos as obras para devolver este que é o primeiro museu do Brasil o quanto antes”, disse Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.
A previsão é que o Museu Nacional só seja reaberto com novas exposições em 2026. No entanto, segundo Kellner, é esperado que os jardins da instituição sejam restaurados e passem a receber público ainda em 2022.
Incêndio
![Museu foi atingido por grande incêndio](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/MV42GD3MFBK3NDDK3XIZTZI2IE.jpg?auth=ad069ec832981c64ef3b1b26740c0f95c2bae200f4a354fc8818a71718fa4e7e&width=754&height=503)
O longo processo de restauração do Museu Nacional teve início após um incêndio de grandes proporções atingir o edifício em setembro de 2018 e destruir a maior parte do acervo de 12 mil itens.
De acordo com o laudo pericial da Polícia Federal, divulgado em março de 2019, um curto-circuito em um ar-condicionado causou o desastre.
O processo de recuperação das peças durou 500 dias e foi realizado por 76 pessoas, entre técnicos, professores, estudantes e profissionais terceirizados.
Entre peças célebres que foram encontradas, estão o crânio de Luzia — o esqueleto mais antigo descoberto no Brasil —, o Escaravelho Coração e outros oito amuletos que estavam no interior do sarcófago da múmia Sha-Amun-em-Su.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Celso Fonseca