Primo de vítima diz que preso por matar ex tem histórico de agressão e obteve liminar para entrar na PM
Testemunhas disseram que o policial invadiu a residência e disparou 4 tiros contra Ellen Ramos na frente dos filhos dela
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
![PM escondeu o rosto ao ser levado para a delegacia](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4L3XR6H2FRPO3EZNSYKKGK2ODU.jpg?auth=45f759fad60fa93107ca1ddd264bfc1858b5f02e07e59fcb5b0d2a29a5ffd6d6&width=800&height=555)
O policial militar preso por matar a ex-companheira em Bangu, zona oeste do Rio, tinha um histórico de agressões e havia obtido uma liminar na Justiça para entrar na corporação, segundo relatos de familiares da vítima.
Testemunhas disseram que o policial invadiu a residência e disparou quatro tiros contra Ellen Ramos Soares Ribeiro, de 32 anos, na frente dos filhos dela. O soldado da PM se entregou à Delegacia de Polícia Judiciária Militar, no Méier, na zona norte, horas depois do crime.
Ainda de acordo com parentes de Ellen, a vítima havia voltado para casa com os filhos após a família passar o fim de semana na praia e o PM aparecer no local.
![Ellen era mãe de dois filhos](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/55JH5XE7JBMHXDO5HKBZSN2BUM.jpg?auth=783f403d4781bee47d0c0b9fce33fe822ba3762d36f58aa027f4ccf470d34ce2&width=1338&height=816)
O relacionamento dos dois era conturbado e durou cerca de um ano. O ponto final ocorreu após a companheira ter sido agredida pelo policial, de acordo com informações da Record TV.
O primo da vítima afirmou que Ellen tentou fazer uma denúncia contra o agente. No entanto, ela teria sido convencida a desistir para não prejudicá-lo, já que havia entrado recentemente na Polícia Militar.
"Ele entrou na polícia através de uma canetada, por liminar. Infelizmente, não deveria estar no quadro da Polícia Militar”, disse.
Muito abalado, o pai de Ellen contou que era contra a relação da filha com o policial militar:
"Eu falava para ela que esse relacionamento não era legal, porque já havia ocorrido uma vez uma briga entre os dois. Não queria que ela voltasse mais para ele".
Procurada, a Polícia Militar não se manifestou sobre a entrada do agente na corporação.
Em nota, a PM afirmou que o suspeito de cometer feminicídio já está à disposição da Corregedoria da Corporação, que instaurou Inquérito Policial Militar.