Os produtores de conteúdo João Batista e Matheus Barcelos denunciaram pelas redes sociais que foram vítimas de racismo durante uma corrida solicitada por aplicativo. O caso aconteceu na última terça-feira (17) no bairro da Gamboa, zona portuária do Rio de Janeiro.
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As vítimas embarcaram no veículo na Praça Mauá, no centro do Rio, e tinham como destino final o munícipio de São Gonçalo, na região metropolitana.
No trajeto, o motorista encostou o carro e saiu gritando para dois policiais que havia dois suspeitos dentro do veículo, segundo Matheus Barcelos.
O produtor de conteúdo contou ainda que ele e o namorado foram expostos a uma situação de humilhação e violência sem motivo algum.
"João e eu fomos forçados a sair do carro, rendidos como dois bandidos, tivemos nossos corpos revistados, enquanto havia um fuzil e uma pistola [eram] apontados para nossas cabeças".
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A Polícia Militar confirmou que o motorista de aplicativo parou junto a uma equipe baseada no local, mas nada foi constatado pelos policiais.
As vítimas registraram um boletim de ocorrência na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais de Delitos de Intolerância) contra o motorista e os responsáveis pelo aplicativo. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o fato.
João Batista afirmou ter recebido um e-mail com pedido de desculpas da empresa, além de ter sido estornado o valor da corrida. No entanto, ele ressaltou que estas medidas não são suficientes diante da injúria que os dois sofreram.
Em nota, a Uber lamentou a discriminação pela qual os usuários passaram. A empresa informou que, após tomar conhecimento do caso, bloqueou o motorista e ofereceu apoio às vítimas. Por fim, reforçou que está à disposição para colaborar com as investigações.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira