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PSOL queria Marielle Franco para vice-governadora na eleição do Rio

Vereadora do PSOL foi assassinada na noite desta quarta-feira (14) dias depois de denunciar ações violentas da polícia

Rio de Janeiro|Juliana Moraes, do R7

Marielle foi assassinada no Rio de Janeiro nesta quarta
Marielle foi assassinada no Rio de Janeiro nesta quarta Marielle foi assassinada no Rio de Janeiro nesta quarta

Marielle Franco foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (14), vítima de uma emboscada após deixar o evento Jovens Negras Movendo Estruturas, organizado por ela própria na Casa das Pretas, na Lapa. 

Além dela, o motorista Anderson Pedro Gomes também foi baleado e morreu.

A quinta vereadora mais votada do Rio, que fez denúncias contra o Batalhão de Irajá (41ºBPM) em seu perfil nas redes sociais poucos dias antes de ser assassinada, se destacava no PSOL por sua atuação política.

Ao R7, o assessor do PSOL-RJ, Pedro, declarou que Marielle estava sendo cotada para concorrer às eleições do Rio de Janeiro neste ano. "Estávamos fazendo o debate sobre os nomes para quem seria o vice pelo partido e ela era uma grande possibilidade, sim. Na verdade, tinha grandes chances de que ela fosse a vice. Era um dos nomes mais fortes. Estávamos quase fechando no nome dela."

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Ainda de acordo com a assessoria do partido, Tarcísio Motta (PSOL-RJ) será o candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2018. Com a morte de Marielle, ainda não se sabe quem vai concorrer como vice pelo partido.

Por meio das redes sociais, Tarcísio Motta lamentou a morte de Marielle. "Existe uma força que nos move. Essa força MulheRaça, que resiste e se multiplica pela coragem que habita em cada coração. Somos, nesse momento, um só sentido e essência de luta, forjada na inabalável grandeza com a qual Marielle nos ensinou a ver e viver o mundo. Com a qual Anderson nos inspirou. Atravessar a dor sob o amparo de tantos ombros nos relembra que o projeto almejado é coletivo em seu âmago - é sobre política, mas é também sobre afeto, sobre ancestralidade, sobre a força das mulheres negras.

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A morte de Marielle e Anderson nos corrói, mas na dor partilhada resiste o compromisso com os dias sonhados. O objetivo de luta permanece claro e se reforça: seguimos firmes em um projeto de sociedade que abandone modelos falidos de segurança pública, que represente o fim imediato do genocídio do povo negro.

Somos fortes, porque somos um. Eu sou porque nós somos, diria agora Marielle, com a voz determinada de uma MulheRaça que veio para mudar o mundo, e neste intuito mudou cada uma e cada um de nós.

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Anderson, presente!

Marielle, presente!

De seu amigo, por toda vida."

Assassinato

A DH (Divisão de Homicídios) da Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de execução na investigação da morte da vereadora do PSOL.

Marielle era a atual presidente da Comissão da Mulher na Câmara dos Vereadores. Pouco antes de ser assassinada, ela participava de um evento com jovens negras.

A vereadora era militante, defensora dos direitos humanos e usava as redes sociais para denunciar a violência policial do Rio de Janeiro. Várias manifestações estão marcadas para esta quinta (15) para celebrar a memória e também para protestar contra a morte de Marielle.

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