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A cada 6 horas, uma pessoa é assassinada na capital paulista

Levantamento indica que homicídio doloso aumentou em 2012

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Mais de 300 pessoas foram assassinadas em pouco mais de um mês
Mais de 300 pessoas foram assassinadas em pouco mais de um mês Mais de 300 pessoas foram assassinadas em pouco mais de um mês

Após seis anos de queda no número de homicídios dolosos em São Paulo, o ano de 2012 apresenta crescimento de mais de 8% nos crimes deste tipo. De acordo com levantamento do Instituto Avante Brasil — baseado em dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo —, ente 2005 e 2011 houve queda de 60,17 % nos casos de homicídios na capital paulista. No entanto, de 2011 para 2012 foi registrado aumento de 8,23%.

Na avaliação do jurista Luiz Flávio Gomes, ações da Rota podem ter motivado reação dos criminosos e aumento do número de assassinatos em São Paulo.Segundo dados do instituto, a cada seis horas uma pessoa é vítima de homicídio doloso na capital paulista. Até outubro deste ano, foram 1.157 mortes, uma média de 116 casos por mês. Durante todo o ano de 2011, foram 1.069 casos do tipo, com média de 89 casos mensais.

Para Gomes, um dos diretores do Instituto Avante Brasil, o aumento dos assassinatos ocorreu por causa dos conflitos entre polícia e criminosos.

— Temos que partir da premissa que há vários anos o governo vinha controlando as mortes, mas este ano fugiu da regra por causa dos conflitos dos policiais com o PCC (Primeiro Comando da Capital), um conflito que extrapolou e está matando muita gente que não tem nada a ver com a polícia nem com PCC. Com isso, explode a criminalidade e explode o número de homicídios. As chacinas, que já estavam controladas, de repente voltaram.

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Com mais de 300 pessoas assassinadas na Grande São Paulo em pouco mais de um mês, o governador Geraldo Alckmin realizou mudanças na cúpula de segurança pública do Estado neste mês de novembro. Há 10 dias, o ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira, assumiu a Secretaria de Segurança Pública. Na sequencia, o governador também alterou a chefia da Polícia Civil e Militar.

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— O discurso dos que assumiram agora foi moderado e a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) perdeu protagonismo. Com a Rota fora, a tendência é termos menos violência.

Reforços

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O governador Geraldo Alckmin anunciou reforços nas polícias Cientifica, Civil e Militar durante a oficialização da posse dos novos chefes da Polícia Civil e Militar do Estado. Alckmin informou que 185 delegados irão reforçar a a área de investigação de homicídios. Para fortalecer o policiamento das ruas, 960 novos soldados da Polícia Militar passarão a trabalhar em São Paulo. Além disso, 33 médicos legistas a e 47 peritos criminais irão reforçar a Polícia Científica

Também foi estabelecido que a perícica vai ter um tempo para chegar as ocorrências. A determinação foi do novo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella. O governador não disse qual será este prazo.

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