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Arquiteta e engenheiros já tinham concluído que obra deveria ser interrompida, diz eletricista

Prédio desabou na terça-feira e provocou a morte de oito operários

São Paulo|Do R7, com Rede Record e Agência Record

Prédio desabou na zona leste de São Paulo nesta terça-feira
Prédio desabou na zona leste de São Paulo nesta terça-feira Prédio desabou na zona leste de São Paulo nesta terça-feira (Daia Oliver)

Um eletricista que trabalhava no prédio que desabou na última terça-feira (27), na zona leste de São Paulo, falou à Polícia Civil que a arquiteta da loja Torra Torra e os engenheiros da empresa Salvatta Engenharia e do dono da obra, Mustafa Abdallah Mustafa, tinham concluído, em uma reunião no último sábado (24), que a construção deveria ser parada porque a estrutura não suportava o peso.

Segundo o funcionário, o grupo disse, na mesma reunião, que era preciso fazer um reforço na estrutura para reiniciar as obras. Além do eletricista, a polícia ouviu outro profissional do mesmo ramo e dois pedreiros.

O advogado que representa o dono do terreno e que construiu o galpão, Edilson Carlos dos Santos, afirma que a obra já estava sob responsabilidade da loja Torra Torra e que, por isso, a empresa de engenharia contratada já fazia importantes alterações no local.

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Em nota, o magazine Torra Torra rebateu as acusações e informou que a empresa de engenharia contratada realizava apenas uma avaliação sobre as condições de uso do prédio. Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede, então, faria o acabamento para abrigar mais uma unidade.

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A obra era irregular, de acordo com a prefeitura, e acumulava mais de R$ 100 mil em multas. O desabamento provocou a morte de oito pessoas e deixou outras 25 feridas.

A polícia está ouvindo operários, testemunhas e os responsáveis pela obra. Até mesmo o fiscal da prefeitura deverá ser chamado. A investigação aguarda a conclusão do trabalho do Corpo de Bombeiros para que os peritos levantem indícios das causas do desmoronamento. Segundo o delegado Luis Carlos Uzelin, ainda é cedo para afirmar quantas pessoas serão indiciadas e quais os crimes.

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