A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo tenta resgatar o vídeo gravado em um celular de uma testemunha que registrou a morte do carroceiro Ricardo Silva Nascimento, de 39 anos. A imagem teria sido apagada por um dos policiais envolvidos no caso.
O carroceiro foi morto por um policial militar na noite da última quarta-feira, na frente de uma pizzaria, em Pinheiros.
O estabelecimento já voltou a funcionar e a proprietária confirmou que Ricardo não pediu nenhum pedaço de pizza. A proprietária também afirmou que o chamado da polícia não partiu da pizzaria.
Uma câmera de segurança registrou a movimentação na rua no dia da morte. Na imagem, Ricardo aparece andando numa direção. Quando retorna, é baleado e cai. Na sequência, muitas pessoas se aproximam.
Segundo o que foi registrado no boletim de ocorrência, o carroceiro discutia com uma mulher. A polícia chegou, Ricardo pegou um pedaço de madeira e se mostrou agressivo. Um dos PMs atirou duas vezes contra a vítima. Em outra gravação, os policiais retiram o corpo de Ricardo da rua e colocam dentro do porta-malas.
O celular de uma das testemunhas está na Corregedoria da PM. Nele pode ter uma das principais provas da ação dos policiais: um vídeo que mostra o momento em que Ricardo é baleado.
Só que a gravação foi apagada pelos PMs. A Corregedoria conseguiu uma autorização do Tribunal de Justiça Militar e vai usar um equipamento capaz de recuperar os dados e os vídeos apagados do aparelho.