“Eu desejo ao povo francês que, brevemente, tenha um presidente que tem um pouco mais de testosterona”, afirmou o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) durante discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta segunda-feira (26).
Diniz iniciou o discurso citando o presidente francês Emmanuel Macron. “Ele disse que Bolsonaro mentiu para ele no G20, o que não é verdade, mas vindo de quem veio”, disse. O deputado se referiu ao fato de que a França comunicou, no dia 23, que Jair Bolsonaro (PSL) mentiu ao assumir compromissos em defesa do meio ambiente durante a cúpula do G20, no Japão. Em seguida, o deputado reconheceu que o caso “virou uma crise internacional”. “Talvez, ele gostaria de um Lula livre", disse.
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Durante o fim de semana, Bolsonaro endossou nas redes sociais uma postagem zombando da aparência da primeira-dama francesa, Brigitte Macron. O presidente brasileiro comentou uma montagem de fotos que comparava a aparência e a idade de sua esposa, Michelle (37 anos), com a de Macron (66 anos). No texto da postagem original se lê “entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?”. O presidente comentou: “não humilha kkkkk.”
Nesta segunda, Macron rebateu Bolsonaro, dizendo que espera que o Brasil “tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura”. O francês declarou, ainda, que os brasileiros devem sentir vergonha do comportamento do mandatário.
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“O politicamente correto parece que não tem fronteira, porque se você fala que alguém é feio, é pecado, parece pecado. Se você diz que uma mulher é bonita, é assédio”, argumentou o deputado. “Eu sou gordo. É uma realidade. Se alguém disser que eu sou gordo, eu vou falar que é verdade. Então, eu desejo ao povo francês que, brevemente, tenha um presidente que tem um pouco mais de testosterona”, disse, citando a deputada do Parlamento Europeu de extrema-direita Marine Le Pen como resposta.
Segundo o deputado pesselista, o presidente francês criou um fato para alimentar a crise política entre Brasil e França. “Agora quer fazer chicana com o povo brasileiro”, acrescentou, dizendo que o que ocorre não é uma crise, e sim “uma vergonha internacional”.
Por fim, Diniz agradeceu ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao embaixador israelense Yossi Shelley, o qual informou que Israel irá trazer ao Brasil produto que evita focos de incêndio para conter as queimadas na floresta amazônica, e ao presidente norte-americano, Donald Trump. “Todos aqui, independentemente de ser esquerda ou direita, querem sim que os incêndios acabem e que possamos proteger, da melhor maneira possível, o nosso patrimônio nacional. A gente sabe que tem vários entreguistas aí, mas a Amazônia é uma bandeira do povo brasileiro. Não tem nada de patrimônio mundial. A Amazônia pertence ao povo brasileiro”, finalizou.