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Desigualdade social move debate para SP avançar no pós-pandemia

Tema foi debatido em transmissão ao vivo nesta quarta-feira (29) com a participação de integrantes da Rede Nossa SP e Fundação Tide Setúbal

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Entidades da sociedade civil debatem o futuro de SP no pós-pandemia
Entidades da sociedade civil debatem o futuro de SP no pós-pandemia Entidades da sociedade civil debatem o futuro de SP no pós-pandemia

A live realizada nesta quarta-feira (29) pela Rede Nossa São Paulo e Fundação Tide Setúbal - ONG que promove iniciativas para o desenvolvimento nas periferias urbanas -, fortaleceu o debate sobre como as desigualdades em um momento de crise e no qua a sociedade fica em posição vulnerável no combate ao novo coronavírus.

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A iniciativa, que tinha como meta buscar soluções para que a cidade de São Paulo avançe no período pós-pandemia, promoveu reflexões sobre a oferta de caminhos para um futuro mais próspero e digno diante das respostas de colaboração e solidariedade da sociedade civil em tempos de pandemia.

Um dos tópicos abordados pelos participantes da live tratou da falta de estrutura e de acesso nas periferias utilizando, entre outros aspectos, os dados do índice da idade média ao morrer - divulgados pela autoridades da saúde município -, que constam no Mapa da Desigualdade de 2019 da Rede Nossa São Paulo.

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O indicador expõe a brutal discrepância entre os distritos paulistanos de Moema (zona sul) e Cidade Tiradentes (zona leste), separados por cerca de 35 km de distância, ao apontar a diferença de 23 anos de idade na expectativa de vida das duas populações.

"Esse indicador mostra como a desigualdade é multidimensional e, no final das constas, o CEP é indicador da sua qualidade de vida e idade ao morrer. Como a gente consegue viver com essa realidade? É inaceitável", analisou a coordenadora da Rede Nossa São Paulo Carolina Guimarães.

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A urbanista e cientista política revelou que outro ponto destacado pelos debatedores foi a mobilização da sociedade civil nas suas diferentes frentes para combater a covid-19, além de agilidade e capilaridade para entender o que está acontecendo nos mais diversos territórios da capital paulista.

"Um olhar incrível foi o das lideranças periféricas, trazendo luz, voz e soluções, se organizando de forma resiliente. Há vários exemplos: crowdfundings, acessos ao investimento social privado, mulheres se organizaram como cuidadoras de crianças, entre outras. Trazendo as periferias como um espaço criativo. É novo para todos", comentou Carolina Guimarães.

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A especialista reforça a importância da política pública no enfrentamento das necessidades da população durante uma crise, pois o investimento social privado não pode ser permanente. "Por que políticas adotadas em crises não podem ser políticas de Estado, e não políticas de governo, como a renda básica emergencial?", complementou.

A cordenadora da Rede Nossa São Paulo Carolina Guimarães frisou ainda que existem respostas para as carências da metrópole e que os movimentos sociais as reforçam ao longo do tempo. "Agora, o caminho deverá ser construído de uma nova forma, por que muito da efetividade das medidas pelo poder público no território se dá graças à socidade civil", finalizou a especialista.

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