Após a fase de debates entre acusação e defesa, os sete membros do conselho de sentença do júri do motoboy Sandro Dota se reuniram por volta das 17h para decidir se o acusado de matar a estudante Bianca Consoli, em 2008, é culpado ou inocente. Eles vão responder às dez perguntas feitas pela juíza Fernanda Afonso de Almeida, sendo que sete delas são sobre o homicídio e três sobre o estupro.
Durante a tréplica, a defesa de Dota se baseou em questionar o depoimento da perita do caso, que disse que não podia afirmar com precisão se as lesões na região perianal da vítima eram decorrentes de um estupro. O advogado Mauro Nacif sugeriu que os ferimentos podem ter sido causados durante a queda. A defesa chegou a mostrar aos jurados fotos das lesões.
Os advogados de Dota ainda ressaltaram que não pedem a absolvição dele, que confessou o crime dias depois de dispensar o defensor anterior, durante o primeiro julgamento, em julho. Eles querem apenas que o acusado seja inocentado do crime de estupro.
O promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior argumentou que houve estupro e que a vítima se preparava para ir à academia quando foi atacada. Segundo ele, a jovem não teria condições de malhar se tivesse com aqueles ferimentos.
“Eu matei”: Sandro Dota e outros réus confessam a autoria de crimes bárbaros em São Paulo