![Cerca de 2.500 barracos estão em terreno no Parque do Carmo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/SHSIU5TDHNLYHEPMYJWSAKY5RI.jpg?auth=91baac24351ffec047a249a34ab03fb405862b9a894a00dda64336aa466d91c4&width=800&height=600)
A Justiça autorizou na terça-feira (6), a intervenção do Ministério Público sobre um pedido de reintegração de posse na ocupação "Copa do Povo", de cerca de 2.500 barracos, iniciada no sábado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, no Parque do Carmo, zona leste de São Paulo, a cerca de 4 km da Arena Corinthians. Com a medida, a Justiça adiou a decisão sobre o pedido da empresa proprietária do terreno para que a área fosse desocupada com apoio de força policial, com urgência.
Na segunda-feira (5), a dona do terreno, controlada pela Viver S.A, pediu a remoção das famílias no imóvel. Como a área é particular, o parecer no Ministério Público não é obrigatório, mas o juiz entendeu que deveria haver a participação do órgão por causa do interesse público na ação.
Só depois da manifestação da Promotoria, o juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Itaquera dará uma posição sobre uma eventual liminar (decisão antecipada) para retirar os sem-teto. A ação é dirigida contra o "MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto)" ou "Movimento Copa do Povo". "Não há duvidas que a área foi 'escolhida' em razão da proximidade com o estádio de abertura da Copa do Mundo e para servir de palco político para as demandas dos movimentos que passaram a apoiá-las", sustenta a empresa, no pedido de reintegração de posse.