O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta sexta-feira (23) os cinco policiais militares envolvidos na morte do servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo. O crime aconteceu no dia 10 deste mês. No dia seguinte, o comandante da PM, após ter conhecimento de um vídeo que mostra a suposta execução, determinou a prisão dos policiais.
O tenente Halstons Kay Tin Chen, de 24 anos; e os soldados Diogenes Marcelino de Melo, de 37; Jailson Pimentel de Almeida, de 39; Marcelo de Oliveira Silva, de 32; e Francisco Anderson Henrique, também de 32; foram indiciados pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Eles vão responder pelo crime de homicídio doloso — quando existe a intenção de matar.
Para o promotor Eduardo Levit Zilberman, responsável pela acusação, a atitude dos PMs foi inaceitável e incompatível com a função de policial que representa o Estado e tem que zelar pela segurança das pessoas.
O caso
Em um suposto caso de resistência, o servente foi morto, no bairro do Campo Limpo, na manhã do dia 10 de novembro. Ao registrar o boletim, no DHPP, os PMs alegaram que o suspeito tinha reagido e, então, por isso teria sido morto. No dia seguinte, foi divulgado um vídeo feito por um vizinho, que mostra que os policiais atiraram em Paulo quando ele já estava dominado.
