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Policiais militares suspeitos de matar servente são indiciados

Prisão preventiva deles será pedida nesta quarta-feira

São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo

Os cinco policiais militares que participaram da ação que resultou na morte do servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no sábado (10), no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, foram indiciados por envolvimento no homicídio.

O diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco, informou que vai pedir, nesta quarta-feira (14), a prisão preventiva dos cinco suspeitos. Eles já foram ouvidos, mas o teor dos depoimentos não foi revelado. Na avaliação do delegado, está bem caracterizada a ocorrência de um “crime doloso contra a vida”. Isto quer diz que houve a intenção de matar.

Os PMs suspeitos registraram o caso como resistência seguida de morte (quando o suspeito reage à prisão), mas uma testemunha filmou um dos policiais atirando em Nascimento, quando ele já estava detido, sob suspeita de ter participado de um confronto com a guarnição do 37º BPM. A testemunha foi ouvida na terça-feira (13) pela polícia. As imagens foram exibidas em um programa de televisão.

Histórico


Três dos homens detidos pela corregedoria da corporação na segunda-feira (12) sob a suspeita de executar o servente já se envolveram em ocorrências que terminaram com a morte de suspeitos. Os casos, porém, foram arquivados pela Justiça. O soldado Diogenes Marcelino de Melo se envolveu em dois casos de resistência seguida de morte. O primeiro em 1997 e, o segundo, em 17 de março de 2002 - o último virou um processo que chegou à 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.

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O soldado Marcelo de Oliveira Silva participou de um suposto confronto que terminou com a morte do suspeito em 18 de março de 2010. O caso foi analisado pela 3.ª Vara do Tribunal do Júri. Em 26 de julho de 2009, o soldado Jailson Pimentel de Almeida também se envolveu em ocorrência que se transformou em processo na 3.ª Vara do Tribunal do Júri. Além dos três, a PM anunciou na segunda-feira (12) a prisão do tenente Halstons Kay Tin Chen e do soldado Francisco Anderson Henrique.


Risco

Questionada sobre se a família que mora na casa de onde foi feita a filmagem receberá algum tipo de apoio, a PM disse que conta com um programa de proteção à testemunha.

— Em virtude de envolver a segurança e a integridade física dessas pessoas, não podemos passar mais informações sobre os procedimentos realizados nesse tipo de serviço. Essa proteção engloba familiares desse tipo de testemunha.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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