Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

"Não consigo voltar à borracharia", diz pai de menino morto atropelado

Eraldo Sebastião da Silva, pai do garoto Kaique, que morreu atropelado na oficina, diz que evita retornar o local onde viu filho atropelado 

São Paulo|Do R7

Menino de 4 anos morre atropelado em borracharia do pai na zona sul de SP
Menino de 4 anos morre atropelado em borracharia do pai na zona sul de SP Menino de 4 anos morre atropelado em borracharia do pai na zona sul de SP

"Não sei como vai ser minha vida daqui para frente. Não consigo ir trabalhar, não consigo mais ficar na borracharia. Vou tentar outros meios." Eraldo Sebastião da Silva, o pai do menino Kaique, de 4 anos, que morreu atropelado por um carro que invadiu oficina mecânica que o pai trabalhava no Campo Grande, na zona sul de São Paulo, afirmou em entrevista à Record TV que não consegue voltar ao local de trabalho após a morte o filho. 

O menino Kaique Pietro Ferreira da Silva, de 4 anos, morreu e a outra filha de Eraldo, Emanuelly Ferreira, de 3 anos, ficou gravemente ferida após serem atropelados por um carro que entrou desgovernado na borracharia. A família estava em uma festa organizada no estabelecimento quando um motorista invadiu a calçada com o carro modelo Volkswagen Gol prata e atropelou três pessoas.

Leia mais: Motorista que atropelou e matou menino de 4 anos é preso em SP

"Não imaginei que ele fosse matar meu filho. Coloquei as crianças para dentro e quando virei às costas recebi a pancada", afirmou. "Vi meu filho mais enganchado na roda e minha filha desmaiada. Segundo ele, quando gritaram que o menino Kaique estava embaixo do carro, veio o desespero. "Pedi para puxar o carro, mas ele não conseguia."

Publicidade

"Vi meu filho com a cabeça esmagada. Abracei e beijei ele, mas não tinha mais o que fazer", diz Eraldo, que na sequência levou a filha para o hospital. "Isso acabou com a minha vida e com a vida da minha família." O pai do menino afirmou também que saber que o homem está preso provoca uma sensação de "alívio" a ele e sua mulher. "Carro também é uma arma. Ele estava muito louco, ele sabe o que ele fez.

Suspeito na prisão

Publicidade

William Volpe, que é suspeito de atropelar e matar Kaique, foi preso temporariamente por 30 dias, enquanto o inquérito é concluído pela polícia. Ele estava ao volante quando invadiu a calçada de uma borracharia no Campo Grande, na zona sul, e atingiu a criança, além de ferir gravemente Emanuelly Ferreira Barbosa, de 4 anos. 

Leia mais: Suspeito de atropelar menino de 4 anos se apresenta à polícia

Publicidade

Ele havia se apresentado à polícia e prestado depoimento na última sexta-feira (17), mas foi liberado porque ainda não havia uma decisão da Justiça sobre o pedido de prisão temporária. Agora ele ficará na carceragem do 2º DP (Bom Retiro).

Segundo o delegado da Vila Joaniza, Pedro Luiz de Souza, o suspeito "nega que tenha ingerido bebida alcoólica e diz que foi um acidente". Foi requisitado exame toxicológico por descobrir se o jovem de 26 anos estava sob efeito de drogas no dia do acidente.

Desde o início do caso, a família de Kaique afirmou saber quem era o atropelador, que fugiu sem prestar socorro às vítimas por ele ser morador da região. Segundo a polícia, William não tem carteira de habilitação e já tem passagens por roubo e porte ilegal de arma. Ele também não poderia estar na rua no horário porque responde pelos crimes em liberdade e, segundo o acordo judicial, deveria estar em casa após às 22 horas.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.