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Como ocorrerá com a Sabesp, conheça o processo de privatização da água na França e na Alemanha

Desestatização chegou a ser revertida em algumas cidades após polêmicas, mas tem dado resultado em outras regiões

São Paulo|Isabelle Amaral, do R7


Privatização do serviço de
água pode dar certo
Privatização do serviço de água pode dar certo

A privatização da Sabesp, que coloca em evidência o controle da rede de água e esgoto no estado de São Paulo, acende um debate que não é novo. Já no século 19 países europeus seguiram esse caminho. O processo, que acabou sendo revertido décadas depois, no entanto, tem dado resultado em cidades como Bucareste, na Romênia, e Manila, nas Filipinas.

Buenos Aires, Paris e Berlim são alguns exemplos de capitais que privatizaram o serviço de distribuição da água e, após polêmicas envolvendo as empresas responsáveis, o saneamento voltou a ser administrado pelo governo.

Veja a seguir como foi o processo em diversos países do mundo.

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Bucareste

A empresa Apa Nova assumiu o controle da água na capital da Romênia nos anos 2000. Segundo representantes da companhia, eles não recebem subsídio público.

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Mesmo assim, houve investimento no sistema de abastecimento de água e modernização da rede de esgoto, que havia sido criada entre 1881 e 1889.

Além do abastecimento de água potável, a companhia é responsável por recolher águas pluviais e tratar águas residuais.

O preço da tarifa, contudo, acabou subindo com o passar dos anos.

Berlim

O processo de privatização da capital alemã ocorreu em 1999, mas as promessas feitas pela empresa que passou a administrar o saneamento não foram cumpridas.

Segundo jornais locais, a companhia se comprometeu com a criação de empregos, mas demitiu os funcionários que já trabalhavam no sistema de distribuição de água quando houve a concessão. Além disso, a taxa paga pela população subiu.

Poucos anos depois, os consumidores estavam pagando um terço a mais pelo serviço, sem observar melhorias. O processo de desestatização teve início após uma votação em 2011 e ocorreu efetivamente em 2014, quando o preço pago pela água voltou a cair.

Manila

Em Manila, capital das Filipinas, a privatização da água ocorreu em 1977, após mais de 3 milhões de residentes ficarem sem acesso à água.

A empresa Manila Water assumiu o posto, com a promessa de melhorias, que foram acontecendo ao longo dos anos. 

Paris

Em 1984, a Câmara Municipal privatizou a distribuição de água em Paris e, a partir disso, duas empresas passaram a ser responsáveis pelo saneamento: uma na margem esquerda do rio Sena e a outra na direita.

Em 2008, depois de 24 anos, uma auditoria contratada pela prefeitura constatou que a entrega do serviço à iniciativa privada custou caro aos consumidores. As tarifas tinham aumentado e as companhias não conseguiram explicar o motivo.

Além disso, o excedente anual de € 30 milhões, mais de R$ 160 milhões, não estava sendo reinvestido na rede.

A prefeitura de Paris retomou a gestão do sistema de água assim que os contratos de concessão acabaram, em 2010.

Um ano depois, o preço da água abaixou 8%. Hoje, ela é administrada pela Eau de Paris, uma empresa pública.

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