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Taxa de isolamento de 70% frearia pandemia em SP, diz governo

Dados do Centro de Contingência do Coronavírus mostram como curva de contágio se comporta em determinados cenários de redução da mobilidade

São Paulo|Fernando Mellis, do R7


Projeções levam em conta para quantas pessoas um infectado transmite o vírus
Projeções levam em conta para quantas pessoas um infectado transmite o vírus

Estimativas feitas pelo Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo mostram que apenas um índice de isolamento social de 70% seria suficiente para desacelerar o avanço da pandemia no estado. Atualmente, o índice é de 47%.

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (7) pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

A equipe de especialistas que fornece informações para as decisões do governador João Doria leva em conta a taxa de transmissibilidade do vírus, o chamado "R".

Sem qualquer medida de distanciamento social, o R seria de 2,9. Isto significa que uma pessoa infectada em São Paulo no início da pandemia transmitia o coronavírus para outras três, em media.

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Sempre que esse número de reprodução é superior a 1, os casos aumentam. O oposto ocorre quando é abaixo de 1.

Nas projeções, uma taxa de isolamento social de 30%, representaria um R de 2. Ou seja, o número de casos dobraria em determinado período.

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Quando o isolamento vai para 55%, o R cai para 1,16, o que indicaria uma estabilização da curva epidemiológica.

É neste cenário que o Centro de Contingência tem focado como forma de evitar um aumento abrupto de casos, e pessoas doentes, que o sistema de saúde não esteja preparado para atender.

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Dimas Covas classifica esse índice de contágio como uma "situação de curva mais aceitável", mas ressalta que "a epidemia continuaria ainda crescendo".

Entretanto, é quando o distanciamento social chega próximo a 70%, que o número de reprodução do vírus cai abaixo de 1, para 0,87.

"Quando isso acontece, a epidemia para de crescer, ela se estabiliza, até que lá na frente ela tende a desaparecer", explicou Dimas Covas.

Pelo monitoramento do governo, o estado nunca chegou próximo a esse patamar — o mais alto é 59%, normalmente aos domingos.

O governo vai anunciar na sexta-feira (8) o que vai acontecer no estado após o fim da atual quarentena, que acaba no dia 10.

"A medida mais agressiva seria o que nós chamamos de mitigação intensa, que é o que muita gente usa o termo em inglês, que é lockdown, que produziria mais de 75% de redução da taxa de transmissão", exemplificou o diretor do Butantan.

No lockdown, a polícia é usada para isolar determinadas regiões e para controlar a circulação de pessoas nas ruas. A medida já está em vigor no Maranhão e no Pará. A mesma estratégia foi usada na Itália, na Espanha e na China.

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