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Médico alerta: 'Não pare de tomar remédio para hipertensão'

Cardiologista ressalta que problema relatado pela Anvisa se refere a lotes específicos dos medicamentos; mesmo assim, não se deve interromper o uso

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*


Problemas foram detectados em lotes específicos de remédios de hipertensão
Problemas foram detectados em lotes específicos de remédios de hipertensão

Parar de tomar remédio para hipertensão oferece mais risco que as substâncias encontradas em medicamentos que tiveram seus lotes recolhidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), afirma o cardiologista Rui Povoa, presidente do departamento de Hipertensão da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). De acordo com Povoa, o problema não estaria no medicamento, mas nas substâncias tóxicas que foram encontradas nos lotes recolhidos.

Nesta quarta-feira (8), a Anvisa anunciou o recolhimento de quase 200 lotes de medicamentos para o tratamento de hipertensão. A medida foi tomada por conta da presença de nitrosaminas — impurezas encontradas na medicação — em remédios que contêm o princípio ativo sartana, visando a proteção à saúde.

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De acordo com o órgão, o uso contínuo de medicamentos com essa substância durante cinco anos pode ser potencialmente cancerígeno, com risco de 0,00017% de desenvolvimento de câncer, ou um caso a cada 6 mil pessoas.

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Segundo Povoa, o risco só ocorreria se o paciente usasse doses muito elevadas do medicamento (cerca de 300mg diários), por mais de cinco anos. O cardiologista afirma que, geralmente, são recomendadas doses de 100mg para tratar problemas de hipertensão e insuficiência cardíaca, porém, alguns pacientes podem precisar de doses mais elevadas para seu tratamento.

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Povoa afirma que a pessoa hipertensa não deve parar de tomar o medicamento, pois sua falta elevará a pressão, levando ao risco de infarto, derrame e piora de insuficiência cardíaca.

Caso o paciente tenha o medicamento com o lote afetado, ele deve procurar a empresa farmacêutica, a farmácia ou um posto do SUS e solicitar a troca do remédio. Enquanto não haja essa troca da medicação afetada, o paciente deve continuar tomando o medicamento até que receba o outro.

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O médico afirma que a pessoa pode optar pela troca por outro lote ou por um medicamento com o mesmo princípio ativo de outra marca.

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Pacientes que não tenham em seus medicamentos os lotes afetados podem continuar a tomar o remédio sem preucupações. 

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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