Perder peso após menopausa reduz risco de câncer de mama, diz estudo
Redução de 5% do peso representou diminuição de 12% do risco; mulheres com peso estável tiveram elevação de risco de câncer de mama específico
Saúde|Deborah Giannini, do R7
![Perder ao menos 5% do peso reduziu risco em 12% de câncer de mama](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/UKGETHD7IZLTZK4YBAPFQUGS3A.jpg?auth=6a119c5f34bd5038ef27e81014709b3c497dfc307ba4dd0ddb2cb81316bd9407&width=780&height=536)
Mulheres que perdem peso após a menopausa reduzem o risco de câncer de mama, de acordo com um estudo publicado no periódico científico Cancer.
A pesquisa foi liderada pelo oncologista Rowan Chlebowski, do Departamento de Oncologia Médica e Pesquisa Terapêutica do Centro Médico Nacional City of Hope, na Califórnia, Estados Unidos.
A obesidade é considerada um fator de risco para o câncer de mama na pós-menopausa, mas ainda não haviam pesquisas que avaliassem como a perda de peso interfere no risco da doença nessa fase da vida. Conforme consta no estudo, isso teria motivado os pesquisadores a investirem no assunto.
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Foram analisadas 61.335 mulheres após a menopausa que não tinham histórico de câncer de mama. Elas foram submetidas a mamografias periódicas. O índice de massa corporal também foi analisado no início do estudo e três anos depois.
Ao final de 11 anos de acompanhamento, 3.061 novos casos de câncer de mama foram diagnosticados entre as participantes da pesquisa. Mulheres que ao longo dos anos perderam ao menos 5% do peso – 8.175 delas – apresentaram risco de câncer de mama 12% menor do que aquelas que permaneceram com o peso estável.
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Mas, embora o ganho de peso de ao menos 5% não tenha sido associado a um risco maior de câncer de mama, de maneira geral, esse ganho representou um aumento de 54% de chance de um tipo de câncer específico, o câncer de mama triplo negativo.
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Os pesquisadores afirmam que os dados são observacionais, mas ressaltam que foram apoiados em evidências de ensaios clínicos do Women’s Health Initiative Dietary Modification, no qual foi adotado uma dieta de baixa gordura, e que chegou a resultado similar: a perda de peso demonstrou relação com a melhora significativa na sobrevida do câncer de mama.
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Um consenso nos consultórios médicos é o de que nenhum tipo de câncer em estágio inicial apresenta sintomas, apenas aqueles em uma fase mais avançada — daí o desespero de quem se vê diante de algum sinal do corpo de que algum órgão não vai bem. Só que, para modificar a ideia de que os sintomas seriam uma prova definitiva de uma doença terminal, neste Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, a oncologista clínica da Faculdade de Medicina da USP Ana Carolina Gouvêa explica que, mesmo em estágios avançados da doença, sempre haverá algo que possa ser feito. — É claro que quanto antes o câncer for descoberto, maiores serão as chances de cura. Mas ter sintomas não significa que não há mais saída, porque sempre há alguma coisa que a medicina possa fazer. O ideal é sempre procurar um médico, e também fazer os exames preventivos, independentemente de sintomas ou não. Só na América Latina, são diagnosticados 1,1 milhão de novos casos de câncer todos os anos, e 600.000 mortes de pacientes da doença. Conheça agora quais são os três tipos que mais afetam homens e quais mais afetam mulheres, e aprenda a ficar atento aos sintomas deles para se prevenir