![Marun sai em defesa do delegado Fernando Segovia](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/HXFPGOHXIJIQ7GX5DITLEEE2XU.jpg?auth=740fdf8194fd12c5f3644c414ab0c548308e05399325b17d0b49a62ec1d448b1&width=728&height=485)
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou vídeo neste domingo (11) no qual faz uma defesa do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia. Segundo o ministro, o delegado tem o "dever de observar inquéritos de grande repercussão, até para que a PF não seja utilizada como instrumento de guerra política".
A declaração ocorre após o diretor-geral da PF "indicar", em entrevista à Agência Reuters, que as investigações não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado decreto dos portos.
Segovia nega arquivamento de inquérito contra Temer
Na entrevista, ele deixa a entender que a corporação vai recomendar o arquivamento do inquérito aberto contra o emedebista no STF (Supremo Tribunal Federal).
As declarações causaram mal-estar entre delegados da PF e levaram o ministro do Supremo Luis Roberto Barroso a cobrar explicações de Segovia. Na intimação, Barroso sugere que, ao comentar um inquérito em andamento, o diretor-geral da PF pode ter cometido infração administrativa ou até mesmo penal.
Marun, porém, diz estranhar a "celeuma" em torno das declarações.
— Já assisti dezenas, talvez até centenas de entrevistas de delegados, de promotores a respeito de inquéritos em andamento. Por isso até estranho essa celeuma que se estabelece no momento em que o diretor-geral da Polícia Federal verbaliza o óbvio: que num inquérito aonde não existem provas, não existem indícios, que não existe sequer a materialização do ato ilícito, tenha a tendência de ser arquivado", afirma o ministro no vídeo divulgado neste domingo (11).
Correção
A agência de notícias Reuters reeditou a matéria da entrevista exclusiva com o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia. O texto original, publicado na noite de sexta-feira (9), dizia que Segovia tinha afirmado que a tendência era de arquivamento pela PF da investigação envolvendo o presidente Michel Temer sobre o Decreto dos Portos.
Na alteração do conteúdo, a Reuters trocou o verbo "afirmar" por "indicar" ao qualificar as declarações de Segovia. No início do texto reeditado, a agência faz a seguinte ressalva aos leitores: "Esclarece que Segovia disse que até o momento não há indício de crime no caso, indicando, em vez de afirmando, que a tendência é que a PF arquive o caso".