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PF prende mais um suspeito de atos de vandalismo no Distrito Federal 

Operação foi deflagrada contra alvos que estariam envolvidos em ataques às sedes dos Três Poderes

Brasília|Do R7, em Brasília

PF cumpre mandado de prisão no âmbito da Operação Lesa Pátria
PF cumpre mandado de prisão no âmbito da Operação Lesa Pátria PF cumpre mandado de prisão no âmbito da Operação Lesa Pátria

A Polícia Federal prendeu um outro suspeito de participar, financiar ou fomentar os atos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, no final da manhã desta sexta-feira (20). O nome dele ainda não foi divulgado e a ação faz parte da operação Lesa Pátria.

Também foram presos preventivamente os suspeitos Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Bacciotti nesta sexta. Outras três pessoas ainda estão sendo procuradas. As ações são realizadas em cinco estados e no Distrito Federal e incluem busca e apreensão em 16 localidades.

Um dos presos no DF é Renan Sena. Ele foi capturado na Candangolândia e levado à sede da corporação, na capital federal. Ele é ex-funcionário do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e foi demitido após ter agredido enfermeiros que participavam de uma manifestação, em 1º de maio de 2020, na praça dos Três Poderes.

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Não é a primeira vez que Sena é preso. Em 2020, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) o deteve por ser um dos autores do ataque que lançou fogos de artifício contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da nova prisão, desta vez pela PF, Sena teve R$ 22 mil em espécie apreendidos pelos agentes, que cumpriram outro mandado de busca e apreensão na casa do suspeito.

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Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, conhecido como "Ramiro dos caminhoneiros", também está entre os presos. Ele é citado por outros detentos como um dos organizadores e incentivadores da invasão de Brasília. Nos bloqueios às rodovias após o resultado das eleições, Ramiro também atuou como liderança e organizava movimentações por meio de grupos nas redes sociais.

Na casa dele, foi encontrada uma bandeira relativa à paralisação dos caminhoneiros. Na faixa, está escrito que o grupo não reconhece os membros do STF, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Congresso. "Basta! Sem eles o Brasil cresce. Houve fraude sim. TSE adulterou os votos", diz o texto.

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Detido em São Paulo, Ramiro foi candidato a deputado federal pelo PL nas eleições de 2022 e obteve 4.542 votos. Ficou com a suplência na Câmara. Para a campanha eleitoral, ele recebeu R$ 150,9 mil em recursos, segundo dados do TSE.

Em Minas Gerais, o alvo foi Randolfo Antônio Dias. Ele foi detido na zona sul de Belo Horizonte e conduzido para a superintendência da PF na capital mineira. As investigações revelam que Dias participava do acampamento em frente à 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte, e enviava áudios nas redes sociais em que incitava atos antidemocráticos e a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Já em Mato Grosso do Sul, o alvo do mandado de prisão foi a intérprete de libras Soraia Bacciotti. Ela atuou na campanha de Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), para o governo do estado e apareceu ao lado do militar fazendo traduções para surdos. Pelas investigações, ela é suspeita de participar dos atos extremistas.

Operação permanente

A Polícia Federal pretende tornar a operação Lesa Pátria um trabalho permanente. Isso quer dizer que, além dos 8 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão realizados nesta sexta-feira (20), a ideia é que haja atualizações periódicas, com novas autorizações judiciais para prender e investigar envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Neste primeiro momento, os estados que tiveram cumprimento de mandados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

"Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", detalhou a PF.

Além da operação Lesa Pátria, a PF do Pará deflagrou uma operação, intitulada Última Patrulha, com o mesmo objetivo. A corporação cumpre oito mandados de busca e apreensão contra extremistas antidemocráticos no estado.

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