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Crescimento do varejo em 2023 deve ser de 1,5%, e depende do equilíbrio fiscal, diz ACSP

Para associação, escassez de crédito obriga governo a criar medidas para direcionar investimentos de empresários

Economia|Vinicius Primazzi, do R7*

Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo)
Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo)

A expectativa do varejo é de um crescimento modesto do setor neste ano, de 1,5%, informou Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), no início da tarde desta quinta-feira (19). A projeção leva em consideração a taxa de juros, que hoje é de 13,75% ao ano, além do resultado do ano passado e o atual cenário econômico do país.

O pouco otimismo é explicado, segundo o economista Marcel Solimeo, pelo baixo nível de consumo, porque ainda é alto o endividamento das famílias. "Será um ano difícil", alerta o profissional, que faz análises para a ACSP há 27 anos. "A recuperação de 2022 foi efetiva, mas a a melhora do índice de confiança do consumidor não é limitada. A taxa de juros está em um nível alto e vai demorar para baixar", explica.

Para o comércio ter a recuperação de que necessita, o país precisa avançar também no aspecto social. "A solução para os problemas sociais é o crescimento econômico", avalia Cotait Neto. "O nível de endividamento do país é alto, e a renda está cada vez caindo mais, e o crédito está escasso. Não vai ser possível ter crescimento econômico por meio do crédito, mas sim pelo equilíbrio fiscal. No primeiro governo Lula, ele promoveu um grande e amplo acesso ao crédito, e isso não será possível dessa vez", afirma o presidente da ACSP.

No segundo semestre de 2022, o varejo paulistano avançou 7,7%, conforme mostra o balanço de vendas da ACSP, indicador elaborado pelo IEGV (Instituto Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo).

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Nos cálculos feitos pelos economistas do IEGV, houve retração de 2,4% na comparação do ano passado inteiro com 2019, período pré-pandemia. A avaliação do instituto é que o crescimento no segundo semestre foi impulsionado pelos programas de transferência de renda do governo federal, pelo aumento do emprego e pela confiança dos consumidores.

A comparação do primeiro semestre de 2022 com o mesmo período do ano anterior não foi possível em razão das medidas restritivas a que o comercio foi submetido.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Lúcia Vinhas

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